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segunda-feira, 8 de março de 2010
O que posso, hoje, sem culpa
Existem momentos, dias, ou até épocas, em que somos
solicitados além dos nossos limites. São chamados, desejos, necessidades, expectativas idealizadas que exigem ou esperam de nós. Eles são a voz de nossos pais, companheiros, filhos, netos, parentes, amigos... de pessoas mais ou menos queridas, com maior ou menor significado em nossas vidas, pessoas que desejamos que nos amem e valorizem. Aprendemos a buscar esse amor e valor neles, fora de nós, e agora sentimos vontade e necessidade de atendê-los, sermos gratos, dar-lhes cuidados, alegrias, carinho...Faremos de tudo, por Amor !E, por Valor, queremos desempenhar nossos papéis com perfeição, precisamos “mostrar serviço”. Nesse acreditar e pensar buscamos estar bem com todos, a qualquer preço, até ao custo de nós mesmos!
Na verdade, é uma idealização, uma tolice e até uma arrogância pensarmos que podemos dar conta de tudo e todos. Fisicamente, psiquicamente e espiritualmente ficamos exauridos, desgastados, deprimidos, irritados, ressentidos, injustiçados (quando não reconhecem nosso esforço) e , no final, fracassados, envergonhados e culpados por não conseguirmos tudo a que nos propomos.
Não somos a fortaleza sobre-humana que queríamos ser; não somos super heróis como gostaríamos que nos vissem... Somos, sim, o projeto mais incrível de Deus, mas um projeto ainda não acabado e portanto, ainda imperfeito. Só por hoje, somos humanos, temos limites que precisam ser respeitados Por Nós para que esse projeto possa continuar.
Preciso cuidar de mim com responsabilidade, humildade, atenção e aceitação. Preciso me sentir e ouvir para poder reconhecer e atender minhas necessidades de tempo, de descanso, de não fazer nada(!), de passear, de ler um livro ou um jornal, de assistir TV, de ver meu time jogar, de lazer, enfim, de me alimentar bem, de dar voz aos meus sentimentos, de cuidar dos meus sonhos..., de atender às coisas simples e básicas de minha humanidade. Isto não me desvaloriza, é apenas, honestamente, amorosamente, responsabilizar-me por mim mesma e aceitar minha realidade. Devo lembrar-me sempre de que preciso estar bem até para poder continuar a SERVIR. Talvez essa reflexão melhore a minha absurda culpa de não ser perfeita?!
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