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terça-feira, 6 de abril de 2010

Mansidão ou medo ?


Sou manso, tranqüilo, ou tenho medo e me acovardo ?
Sou pacífico ou passivo, sem ação ?
Sou tolerante ou permissivo ?
São questões importantes para refletir. O que nos move a agir ou, pelo contrário, a não nos colocarmos ? Qualquer atitude que tomamos reflete uma tomada de posição, até mesmo a de não fazermos opções, não agirmos, ficarmos passivos.
Sou verdadeiramente manso ou me acovardo, tenho medo das conseqüências de tomar uma atitude firme, clara, de estabelecer e honrar meus limites, resguardar minha dignidade ? Busco estar em paz com os outros, a qualquer preço, mesmo que seja ao preço do respeito a mim mesmo, do meu bem estar físico, psicológico, espiritual ? Consigo viver “engolindo sapos” e ficar bem ? Ou vou acumulando mágoas, frustrações, raiva, tentando me controlar, em nome da paz ? Em algum momento me descontrolo, cobro, grito, culpo, magôo e depois me sinto culpado ?
Preciso entender os medos que me paralisam e me tornam passivo, permissivo e desrespeitoso comigo. Será o medo de não ser conforme esperam que eu seja, medo que não me valorizem, que se decepcionem comigo, medo de não parecer tudo que eu desejaria, medo de, em razão disso tudo, eu ser abandonado, preterido, rejeitado, “desamado” ?
Esses medos me levam a fazer concessões excessivas e constantes, a me conformar em ser vítima de maus tratos físicos, psicológicos ( críticas, ironias, deboche, desqualificação, etc) e espirituais (desamor, abandono, desprezo). É uma triste ironia: com medo de perder o amor dos outros, não me respeito ou valorizo e acabo sem valor, sem o respeito e o amor de mim mesmo e de todos!
Preciso perceber como funciono para poder interromper essa cadeia de crenças, pensamentos, sentimentos e atitudes auto- destrutivas. Não posso modificar ninguém mas quando me modifico tudo muda nas minhas relações. Estabelecer e comunicar, sem briga, sem deixar os sentimentos se acumularem, com honestidade e firmeza, o que aceito ou não nas minhas relações é honrar a mim mesmo, os meus limites, só por hoje. Isso é de minha inteira e exclusiva responsabilidade! Não posso transferir ou delegar a qualquer pessoa ou até mesmo a um PS os cuidados que necessito e mereço, minha dignidade e felicidade e depois ficar o resto da vida encalhado, cobrando, zangando, magoado, deprimido... Mantendo meu espaço, exercendo meu auto-respeito, um dia de cada vez, posso ser tolerante com as dificuldades dos outros! Esse é outro paradoxo: quanto mais deixo de ser passivo, torno-me ativamente responsável por mim, sinto-me em paz, torno-me pacífico nas relações e posso entender a Bem-aventurança dos mansos.
“Eu ensino aos outros como vão me tratar”, para o bem ou para o mal!




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