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quinta-feira, 22 de julho de 2010
CUIDAR DE MIM
Preciso cuidar de mim. Preciso lembrar-me que essa é a primeira e principal responsabilidade de cada um de nós. Não posso delegá-la nem cobrá-la de ninguém. Cuidar-me para melhor ser e estar, melhor amar...
Cuidar-me por inteiro, atenta e gentil aos meus vários “corpos”.
Cuidar de mim é cuidar dos meus pensamentos, estar atenta aos tipos de crenças, conceitos, pré-conceitos que detonam esses pensamentos. Preciso permanecer alerta, aberta, flexível, examinando-os, confrontando-os, remodelando-os quando necessário, à luz de uma maior sabedoria que as experiências da vida vão me propiciando. Cuidar de mim é não me tornar mera repetidora do que antepassados, culturas, hábitos, mídias, me impõem e poder optar, escolher, reformular...isto é liberdade, é auto-responsabilidade.
É estar gentilmente atenta aos pensamentos que cultivo:
_ fico remoendo fatos dolorosos, odiosos, do passado?
_ fico antecipando possíveis desgraças, tragédias, disputas?
_ entrego-me e fico saboreando indigestamente as informações perversas que me chegam através da mídia adoecida de nossa época ( jornais, cinema, TV, livros...)? Em nome de serem fiéis à realidade, retratam e reforçam só o que há de pior e mais agressivo em nossos egos assustados, competitivos, aguerridos. Além de me agredirem, me contaminarem, elas acabam por sedimentar valores, conceitos, crenças pervertidas de anti-heróis, de vencer a qualquer custo, de ter a qualquer preço, de parecer (em vez de ser).
Quando cuido dos meus pensamentos estou também cuidando dos meus sentimentos, das minhas emoções. Pensamentos sadios e generosos geram sentimentos gostosos, amorosos. Também preciso cuidar dos sentimentos dolorosos mais antigos, aderidos como lama escura ao meu corpo emocional, escondidos, bloqueados na sombra de mim, mas atuando e me torturando indefinidamente. Escolho não ficar remoendo as situações que os originaram mas hoje entendo a necessidade reconhecê-los, não renegá-los, poder falar deles, dar-lhes voz para que saiam, possam ir, sem retroalimentá-los com lamúrias, auto-piedade, culpas e desculpas. Decidi substituir ser vítima de um mundo caótico por ser responsável pelo meu mundo interior e de como me colocar nas minhas relações.
Os cuidados que quero ter com meus pensamentos e sentimentos evitam descargas destrutivas em meu organismo físico. Cuidar do meu corpo passa por estar atenta a ele, respeitar seus limites a cada fase de minha vida:
_ exercitá-lo sem forçá-lo irresponsavelmente atrás de recordes, metas irreais, estética, modismos...
_ alimentá-lo sem exageros ( demais ou de menos), com atenção à qualidade
_ estar atenta ao seu funcionamento, buscar a causas de suas disfunções, às suas sinalizações de perigo, sem simplesmente abafá-las ou dissimulá-las com usos de químicos(“doril,engov,etc”), entregando a tarefa de “curar” meu corpo a profissionais, eximindo-me de qualquer olhar mais profundo de mim mesma, como se não tivesse “nada com isso”
Cuidar de mim é buscar amar para ser feliz. É tentar me relacionar comigo a partir de minha dimensão espiritual/amorosa: com atenção, cuidado, bom humor, gentileza, aceitação, ternura, compaixão, respeito...É escolher cuidadosamente o que permitirei que me chegue através de meus sentidos, da minha mente...é buscar a vivência de minha espiritualidade.. É cuidar que minha essência espiritual possa se expressar na minha existência humana.
Sugestões e comentários: mariatude@gmail.com
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PARABÉNS PELOS TEXTOS, SÃO INCRIVEIS. SOU ÓTIMA LEITORA E APRECEIE DEMAIS O SEU BLOG. QUERIA SABER MAIS DE VOCE. É CRISTÃ? PSICOLOGA? UM ABRAÇO SINCERO. MEU NOME É JOSILEIDE, SOU EVANGELICA, ESPOSA DE PASTOR E TENHO UMA FILHA. UM ABRAÇO... E OBRIGADA
ResponderExcluirAdmiro e acompanho os seus Textos e Palestras.
ResponderExcluirSou membro de AA.
Parabéns e obrigado por sempre me ajudar na minha eterna recuperação e me tornar uma pessoa melhor, refletindo sobre seus textos.