Pesquisar este blog

quarta-feira, 14 de julho de 2010

DOENÇA E CURA I ( Disfunção )

Disfunção

Somos seres de energia “existindo” em várias dimensões: a física (mais evidente para nós), a psíquica (nossos sentimentos e pensamentos) e a mais interior, a essencial, a original... a nossa dimensão espiritual. Embora nomeadas separadamente, essas dimensões interagem sempre, num continuum que revela um todo - o Ser que somos. Tudo que acontece em qualquer dimensão se reflete nas outras.
Sendo nós seres originalmente espirituais, a função de nossas outras dimensões é a proteção, defesa, intermediação dessa dimensão de luz, liberdade, alegria, com o mundo físico e de relação onde vivemos. A doença se estabelece com a disfunção (distorção da função) dessas outras dimensões e com a desarmonia entre elas. É quando nossas crenças/pensamentos e os sentimentos resultantes (nosso ego), em vez de protegerem e servirem à dimensão espiritual, passam a aprisioná-la, isolá-la, desconectá-la – deprimindo sua capacidade de nos fazer existir com felicidade, alegria.
Desses egos rígidos, adoecidos (neuroses e psicoses), a disfunção “desce” até a dimensão física, pressionando-a, revelando-se sob a forma de disfunções orgânicas (doenças físicas).
A disfunção da dimensão psíquica pelo ego enrijecido se estabelece a partir de uma percepção exagerada de ameaças à nossa individualidade e à nossa necessidade de amor e valorização. Como buscamos a realização desses desejos no nosso mundo de relação (família, escola, igrejas,etc), ficamos sujeitos às suas pressões e barganhas, às suas regras (por vezes tão restritas), a códigos religiosos fechados, a códigos de comunicação confusos, perversos, a serviço da luta e da competição. Tudo isso, desde que nascemos, nos infunde muito medo. Nossa energia originalmente “livre, leve e solta”em nossa dimensão espiritual, “se altera, cria bloqueios, esconde-se sob máscaras que se transformam em verdadeiras muralhas defensivas, em mortalhas que tornam o Eu Interior invisível para o mundo exterior e para nossa própria consciência!” Ficamos desconectados de nossa origem, desnutridos de nossa luz, prisioneiros de um ego que luta todo tempo (viver é lutar!?), escravos de idéias congeladas que geram comportamentos aprendidos/ensinados/repetidos de sempre tentar controlar para obter amor, valor, poder...
Essa luta contínua que nos desgasta em todos os níveis trás consigo o que pode nos salvar – a dor. A dor gera a Crise, abençoado confronto que pode nos libertar. Na maioria das vezes,no entanto, ainda tentamos barganhar ou acomodar para não mudar o que acreditamos. Buscamos culpados para nossa dor, tentamos eliminar sintomas físicos das doenças sem querer entender suas origens profundas, buscamos aumentar nossos prazeres para distrair-nos da dor ou até mesmo anestesiá-la com químicos de qualquer espécie.Outros, quando todo o sistema Corpomente “aprende” a solução química passam obsessivamente a buscá-la exigindo compulsivamente mais e mais anestesia. O círculo então se fecha num carrossel enlouquecido do qual precisam desesperadamente pular para sobreviver, mas não sabem como. Alguns de nós conseguirão ir seguindo, conformados, normóticos, com uma vidinha medíocre mas “normal”, de prisioneiros com algumas regalias.Outros “morrerão disso” quando a dimensão física não mais suportar carregar, digerir, tantas agressões ou ser mutilada dos sintomas de suas patologias. Mas, há outros ainda que, não fugindo da dor resultante de tantas disfunções, permitirão que ela funcione como uma cunha, um aríete a quebrar a muralha/mortalha que os envolve aprisionando e buscarão se libertar e renascer...é o início da CURA

Continua.

Sugestões e comentários: mariatude@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Se preferir, envie também e-mail para mariatude@gmail.com

Obrigada por sua participação.