Aceitar não é gostar! É apenas parar de brigar, de lutar contra o que não se pode modificar.
Não posso lutar contra os fatos irreversíveis da minha vida: nascimentos, mortes, desastres, o passado... Não posso modificar as pessoas, por mais que as ame, que dependam de mim, que tenhamos nossas vidas entrelaçadas, por sangue ou por escolhas. Posso até exercer força e poder sobre elas, fazê-las se submeter, mas não posso realmente modificá-las. Todo esse poder está restrito a mim e, mesmo assim, não posso modificar-me além do que posso, Só por hoje.
Aceitação não é inércia, paralisação ou derrota com conformação ressentida. É atitude lúcida, inteligente e humilde que nos poupa de ficarmos em eterna luta conosco mesmos, com todos, com a vida e com Deus. Essa luta contra o impossível só nos humilha, nos faz sentir menores, incompetentes, injustiçados, desgastados ...
Aceitação é um estágio além da resignação cansada e sem brilho porque, ao cessarmos as lutas impossíveis, nos sobra tranqüilidade para fazermos avaliações mais objetivas da nossa realidade, escolhas mais eficientes e recobramos força, ânimo e serenidade para, afinal, mudar o que realmente podemos modificar.
Serenidade e aceitação são faces da mesma moeda, causa e conseqüência uma da outra, alicerces para construção de nossa auto- estima, para nossa pretensão à felicidade.
Continua
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