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sábado, 28 de maio de 2011
SERVIR
Nas salas viemos a acreditar que um Poder Superior, que nos ama incondicionalmente e nos serve em quaisquer circunstâncias, poderia nos devolver a sanidade e nos orientar para a felicidade. Podemos fazer a nossa parte buscando o caminho do Servir como parte do exercício desse Amor Maior que queremos para nossas vidas.
O Servir que a nós, Anônimos, é sugerido é um servir sem lutas, trocas ou disputas; servir sem almejar prêmios, elogios, prestígio, cargos, poder, status, controle... Servir sem subserviência, sem impor obediência, sem querer dominar, submeter; servir sem competir; servir sem hierarquia, apenas cooperando, em igualdade; servir sem manipular ou agredir, mesmo quando em nome “do bem”, o que apenas disfarça uma necessidade compulsiva de controlar.
Quando o Serviço dentro da Irmandade é praticado sem essa orientação, sem acreditarmos realmente nela, ele não nos trás crescimento ou alegria, não é dos Anônimos. Estamos, na verdade, apenas trazendo para dentro da Irmandade as disputas materialistas e mundanas que tanto nos infelicitam lá fora. O Servir sugerido ainda não é o praticado em nosso mundo, mas acreditamos ser o necessário para nossa felicidade e por isso precisamos estar atentos ao seu exercício.
Buscamos um Servir que “serve” à cooperação, que se revela disponível, solidário; que é inspirado pela generosidade, pela gentileza, pelo desejo de participar, pelo gosto de pertencer, de acolher, pela alegria de juntos encontrarmos soluções para desafios, reformularmos questões, sermos mais criativos no caminhar em direção aos nossos propósitos.
Somos pessoas “em recuperação”: de nossa sanidade, de nossa liberdade, de nossa capacidade de nos relacionarmos com gentileza e verdade; recuperação de nossa humildade para melhor nos vermos e da nossa coragem para mudar; recuperação, sobretudo, desse sentido do Servir que nos permite florescer e nos aproxima amorosamente. Só assim, prestando o Serviço dessa forma, é que poderemos deixar transparecer o
“Viço do Ser”.
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