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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

QUANDO ELES SE VÃO


                        Impactados pela dor, a princípio só enxergamos as perdas. A perda do convívio, a perda da oportunidade de tocar, falar... A perda do nosso mundo conhecido. Nós o sentimos mais pobre, cada vez mais vazio daqueles especiais amores; nós o sentimos menos amigo, menos acolhedor, aconchegante, menos confiável. Quantas vezes passamos tempos sem ver aqueles por quem hoje tanto ansiamos. É que sabíamos que a qualquer hora poderíamos falar-lhes, vê-los, tocá-los. Agora choramos esse impedimento físico ou muitas vezes seguramos nossas lágrimas, tentamos nos distrair, não pensar, não lembrar... Parece que se nos permitirmos chorar, nos entregar a essa dor, não agüentaremos, acabaremos...
  
                        Eles se foram... E nós ficamos! Como as separações doem!
Elas trazem medo, insegurança, lembranças, culpas, saudades... Elas podem ser necessárias na visão melhor de um Poder Amoroso Maior. Eu acredito, eu me entrego e Nele confio. Mas, como doem! Teremos todos, os que se foram e os que ficaram, que nos superarmos, descobrirmos novos modos de viver, novas respostas a esses novos desafios. Certamente cresceremos. Com maior ou menor dificuldade, cresceremos – mas, como dói!

                  Com o tempo, a dor se acomoda, quase se esconde – mas permanece, como que esperando ocasião para explodir e até nos assustar com sua força. Essa dor está ligada ao passado. Mas TODOS nós continuamos a existir e vivemos no presente, ainda que em lugares diferentes, em dimensões diferentes. Preciso estar atenta para o fato que eles se foram fisicamente, dos meus olhos, do meu abraço, mas não do meu coração e da minha mente.

                “ O pensamente parece uma coisa a toa, mas como é que a gente voa quando começa a pensar...” Então vejo que “Longe é um lugar que não existe”. Sei que não acabamos. Nada se acaba num universo onde tudo se renova, se transforma, onde a Vida sempre sobre existe. Quero estar com todos eles, no aqui e agora, pensando,”compartilhando” idéias, transmitindo-lhes doces sentimentos, envolvendo suas imagens tão queridas em amor pleno de ternura.
            
              “Não chores nas despedidas. Elas são necessárias para que possamos nos reencontrar”.

Comentários e Sugestões: mariatude@gmail.com

Um comentário:

  1. Minha querida Maria Tude, parabéns por mais este artigo, ele parece escrito para mim> É como eu vivo hoje após perder para o alcool.
    Um abraço

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