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sábado, 26 de novembro de 2011

CONFLITOS FAMILIARES II - UMA OUTRA OPÇÃO


             A Família ficou disfuncional porque se desestruturou, se desorganizou, misturou espaços, papéis ... ou ficou “engessada”, rígida, presa ao passado, presa ao que creditava ser o correto desempenho de seus papéis, presa às suas “verdades” indiscutíveis... ou se diluiu num “salve-se quem puder”... Ela não consegue mais uma comunicação simples e honesta entre seus membros. A Família está em grande sofrimento, ainda que tente negar e a seus membros pouco reste, a não ser “... a ventura de parecer aos outros venturosa.” A Família não sabe como mudar, a não ser tentando mudar uns aos outros. E, Por Amor, tentamos muitas vezes até o fim: o fim da saúde, da ternura, da gentileza, da alegria, da esperança...

            Mas finalmente, depois de muita dor, entendi:  Não posso “salvar” minha Família! Não tenho o poder de modificá-la ou a qualquer de seus membros, por mais que os ame! Não sou incompetente, sou apenas impotente perante os outros! Entender isso faz  toda a diferença. Entender que somos únicos, com pedaços de nossas histórias em comum, mas caminhos individuais a percorrer. Podemos nos enriquecer mutuamente ou nos perder...

             Mas, afinal, como mudar? Quem muda? Muda aquele que estiver mais incomodado, aquele que a dor dos conflitos conseguir quebrar a arrogância do ego e, com humildade, finalmente entender: Só posso mudar a mim, ao modo como me relaciono em Família!  Então, “Que comece por mim”! O que posso fazer é procurar me conhecer, entender meus papéis (os que me deram, os que aceitei, os que eu mesma forjei), confrontar-me com minhas perdas, danos e ganhos nesses jogos “amorosos” e  perversos de poder, reconhecer minhas expectativas e cobranças em família. Posso, também, aprender a me respeitar, delimitando meu espaço, estabelecendo meus limites e, honestamente, comunicando-os ao grupo.

            Só posso, realmente, mudar a mim, mas quando o faço, liberto-me dos grilhões que me sufocam e escolho ir estabelecendo laços amorosos, “arejados”, livres e ternos com meus familiares. Estarei dando à minha Família um referencial diferente de relacionamento, com respeito e honestidade. Passo a ser um elo de sanidade num sistema ainda adoecido; um membro respeitoso e amoroso que exerce sua auto-responsabilidade, é assertivo e por isso jamais cobra. Com o tempo talvez os inspire, talvez não. Sem discurso, sem orientação, sem promoção... apenas uma possibilidade de atração. Essa é a minha parte, minha responsabilidade comigo mesma e com a  Família.

            Acredito que um Poder Superior aprovou que nos encontrássemos  em família. Por impossível que, às vezes, nos pareça, essa Sabedoria Maior  acredita que aí poderemos florescer. A força dos laços que nos unem se fará sentir para sempre em nossas vidas. Cabe a cada um de nós decidir que tipo de laços escolheremos e  nos responsabilizaremos por manter.

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