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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

LIBERDADE E EVOLUÇÃO



              Movimento, mudança, transformação, evolução. Todo o universo é assim – e nós também! Estamos todos, sempre, em constante processo – evoluindo. Esse é o sentido da Vida! Para onde? Acredito que para a Perfeição, para a Felicidade, para a Luz Maior. Quando? Onde?... em aberto.Como? Entregando-nos ao processo, procurando entendê-lo em nós mesmos, facilitando, acreditando... e jamais abrindo mão da Liberdade interior, característica da centelha divina que somos, nessa caminhada para a Luz Maior.

            Todo esse aprendizado passa pela libertação das amarras do instinto, das crenças materialistas e competitivas, dos sentimentos bloqueados e escondidos, dos comportamentos repetitivos e copiados e pela busca de um despertar espiritual através de todo esse processo. Mas tudo só pode acontecer a partir de nossas Livres Escolhas. Para fazê-las, precisamos exercer nossa criatividade, refletir, sermos honestos e corajosos. Escolhas são como semeaduras. Escolhemos livremente as sementes e tornamo-nos responsáveis pelo que fazer com o que colheremos. Desse processo natural nasce a possibilidade do aprendizado. Podemos ainda escolher livremente como analisaremos os resultados quando eles não forem os esperados. Podemos escolher, também livremente, nos fechar em revoltas e negações, em nosso orgulho e arrogância, culpando os outros, o mundo, Deus, por nossas decepções, humilhações e azares. Mas podemos, ainda livremente, reconhecer nossas avaliações erradas e, humildemente, abrir nossas mentes racionais para poder “escutar com o coração” o que nos for intuído por nossa Consciência Espiritual. É assim que fazemos descobertas, aprendemos, mudamos, nos transformamos e evoluímos. Os repetidores, os preguiçosos, as dóceis criaturas que só obedecem, que jamais ousam pensar ou fazer do seu próprio jeito, que não se arriscam, que não se revelam realmente, são bastante aceitos socialmente, mas permanecem na aba dos outros, buscando aprovação, se eximindo de qualquer “culpa” ou responsabilidade e permanecem à margem do processo, encalhados, com grande dificuldade de crescer.

            Em nossa dimensão física, animal, somos regidos pelo instinto para saciar nossas necessidades básicas, materiais. Nossa dimensão psíquica  nos torna curiosos, indagadores, estudiosos, podendo ousar fazer diferente, livres no pensar, em busca de novos patamares de conhecimento, alavancando nosso progresso material, científico e tecnológico. Nesse processo utilizamos nossa inteligência racional, adquirindo grande saber, ainda que com pouca Sabedoria. Esta é mais abrangente. Ela deriva do saber anterior que adquirimos, mas que precisa atravessar nossa dimensão espiritual, amorosa, livre, para ali ganhar sentido e significado e assim nos levar a evoluir. Por isso, ela vai além do progresso material, do saber científico, das mudanças de comportamento, da “domesticação” dos instintos. Sabedoria, Evolução,envolvem transformações. Para isso precisamos nos remeter livremente, amorosamente, ao nosso mundo interior em busca de uma sintonia cada vez melhor com nossa Consciência Espiritual, que poderá nos libertar e transformar.

            Torna-se necessária uma atenção cuidadosa, uma escuta destemida, Livre, desse mundo velado, escondido, dissimulado, de nossos pensamentos e sentimentos mascarados.
 - tenho noção que escolho livremente, a cada instante, o que pensar ou sentir? E o que ver e ouvir no mundo a minha volta?
 - consigo perceber que quando não faço escolhas, até isso, é uma decisão que escolhi livremente?
 - como escolho lidar com os pensamentos e sentimentos detonados nessa interação com o mundo exterior?
 - como escolho me relacionar comigo?
 O que escolho: Ser rígido, poderoso, ter razão, saber mais, competir... Ou ter abertura, humildade, poder descobrir, mudar, transformar, evoluir...?
Para onde minhas escolhas poderão me levar? Para o frio e brilhante sucesso mundano, para a estagnação conflituosa ou para a Luz e a Alegria amorosa? É importante haver coerência entre o que desejo colher (felicidade) e as escolhas que, livremente, estou semeando!

            Estamos em processo. Querendo ou não, com maior ou menor  dificuldade, estamos a caminho. Apenas na infância e na velhice nossas atitudes ficam em parte cerceadas por condicionamentos físicos e legais. Na adolescência “descobrimos” nossa capacidade de ser livres, nos deslumbramos e assumimos atitudes de desafio, confronto, irresponsabilidade. Sentimo-nos confusos... Como jovens adultos, começamos a colher os frutos da liberdade irrefletida. São os primeiros sustos, as primeiras dores, as primeiras oportunidades de aprendizado.  Adultos e pela maturidade, já “amaciados”, podemos entender que escolhemos livremente nossos destinos: ficar congelados em nosso orgulho, teimosia, revolta e preguiça ou caminhar atentos, humildes, com boa vontade e Sabedoria... evoluindo!


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