Pesquisar este blog

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

MEDO



             Sentimento básico, primal, que nasceu da minha equivocada percepção de separação, de isolamento, de incompletude, de não pertencimento a Algo Maior. Sentimento que nasceu instintivamente e me fez criar defesas contra o que, me parecia, estava fora, separado de mim: os outros, o mundo, o amanhã, o desconhecido, o escuro... Assim é o medo que, ao querer me proteger, me cerca, me tolhe, me aprisiona. Medo que me faz negar, brigar, agredir, fingir, mentir... Medo que faz eu me defender do que está fora e, ao mesmo tempo, me faz lutar para não perder tudo e todos que fui buscar lá fora para, eu acreditava, me completarem! Medo e agonia com essa grande confusão interior!

            São tantos medos...
- medo de não ser bom o bastante, de ser derrotado, do desamor, do “desvalor”...
- medo de ser livre, de assumir minhas escolhas...
- medo da solidão, do sentimento de desconexão com os outros, com tudo, com o Todo.
- medo do abandono, da perda, da separação, da saudade...
- medo de amar, de sentir, de ouvir... e doer.
- medo de dizer, de me revelar... e decepcionar, perder ou fazer sofrer.
- medo de ousar pensar diferente, fazer diferente... e falhar.
- medo da grande vergonha de não ser aprovado, valorizado...
-medo de acreditar e estar enganado; medo de ser enganado...
- medo de me ver, do que ver, do meu mundo interior, de ir descobrindo quem sou...
- medos, medos... São tantos mais...

            Mas, acredito que eles irão perdendo o poder de me paralisar na medida em que vou conseguindo percebê-los, aceitá-los, entendê-los, nomeá-los – olhá-los de frente! Na medida em que vou abandonando as crenças equivocadas e irreais, os “tenho que” idealizados, partindo para a ação de modificar “o que posso”.

É ocupar-me com a realidade do Agora, soltar-me das lembranças ruins do passado e das possibilidades terríveis do futuro. É, principalmente, mais e mais, internalizar a certeza de minha origem sagrada e de minha ligação com tudo e todos. É o exercício de me ver e aceitar como uma criatura única, inteira, completa, que faz parte e está conectada a um Poder Maior!

Nos momentos em que o medo ainda se fizer presente e tanto  maltratar, “Solte-se e Entregue-se a Deus” , lembrando:

 “Tudo posso Naquele que me habita, me fortalece, me consola...”


Comentários e Sugestões: mariatude@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Se preferir, envie também e-mail para mariatude@gmail.com

Obrigada por sua participação.