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sexta-feira, 8 de junho de 2012

LIBERDADE, LIBERDADE



             Desde que existimos, a Liberdade é uma possibilidade, uma necessidade básica, uma meta irresistível...
Apesar disso, sem sentirmos, em vez de irmos em sua direção, dela vamos nos distanciando em trocas com o mundo, às vezes forçadas, mas normalmente desatentas e equivocadas!
 - trocamos nossa Liberdade por sobrevivência física, por “casa e comida”, por luxo, mordomias, dinheiro..., acreditando que tudo se resume nessa nossa experiência física e material.
 - trocamos nossa Liberdade quando, desnutridos afetivamente, carentes, humilhados, sofridos, “engolimos sapo” e nos obrigamos a usar máscaras que nos sufocam, numa tentativa dolorosa de seduzir as pessoas em troca de carinho e valorização que queiram nos dar.
 - trocamos nossa Liberdade para podermos controlar, tornando-nos carcereiros de pessoas e situações.
 - trocamos nossa Liberdade quando aceitamos favores e facilidades que nos tornam devedores, reféns eternos de nossos facilitadores.
 - trocamos nossa Liberdade quando, por comodismo e medo, delegamos a outras pessoas (da família, escola, religião, cultura...) a responsabilidade por nossas escolhas, nossas crenças, nossas atitudes.
 - e continuamos trocando nossa Liberdade de muitas outras maneiras, a cada momento, buscando prazer, fugindo da dor, nos enredando cada vez mais!

            Mas a ânsia de Liberdade é uma força incoercível, sempre presente, latente em nós, e ela emerge de nosso Interior Sagrado nos impulsionando para adiante... Ela acaba nos levando a enfrentar esse medo que nos machuca, ameaça, paralisa, nos faz traidores de nós mesmos.
 Abrir mão de ser quem realmente somos, da Liberdade que nos impulsiona, que nos leva a evoluir, é a deslealdade maior que nos fazemos, por estarmos tão equivocados sobre o que precisamos e sobre quem somos.

            Aos poucos vamos despertando para essa necessidade maior, sobre humana, espiritual! Não há como resistirmos a esse chamado. A princípio nos fazemos de surdos, depois negamos, reagimos, lutamos, “pisamos no freio”... Temos preguiça e medo, racionalizamos, desqualificamos, ironizamos, tentamos permanecer acomodados às situações onde nos deixamos aprisionar. Mas não adianta...

            Cada um a seu tempo, em cada aspecto de maior ou menor dificuldade (animais, pessoas, povos, nações...) irá atendendo a esse chamado maior e se conscientizando de nossa destinação maior.
Um dia de cada vez, com paciência amorosa, iremos desatando as amarras a que nos permitimos atar (físicas, materiais, intelectuais, afetivas) e nos responsabilizando por todo nosso processo, ainda que muito difícil, honrando assim nossa natureza espiritual, nosso direito à Liberdade.

Comentários / Contato : mariatude@gmail.com