Desde que existimos, a Liberdade é uma possibilidade, uma
necessidade básica, uma meta irresistível...
Apesar disso, sem sentirmos, em vez de irmos em sua direção,
dela vamos nos distanciando em trocas com o mundo, às vezes forçadas, mas
normalmente desatentas e equivocadas!
- trocamos nossa
Liberdade por sobrevivência física, por “casa e comida”, por luxo, mordomias,
dinheiro..., acreditando que tudo se resume nessa nossa experiência física e
material.
- trocamos nossa
Liberdade quando, desnutridos afetivamente, carentes, humilhados, sofridos,
“engolimos sapo” e nos obrigamos a usar máscaras que nos sufocam, numa
tentativa dolorosa de seduzir as pessoas em troca de carinho e valorização que
queiram nos dar.
- trocamos nossa Liberdade
para podermos controlar, tornando-nos carcereiros de pessoas e situações.
- trocamos nossa
Liberdade quando aceitamos favores e facilidades que nos tornam devedores,
reféns eternos de nossos facilitadores.
- trocamos nossa
Liberdade quando, por comodismo e medo, delegamos a outras pessoas (da família,
escola, religião, cultura...) a responsabilidade por nossas escolhas, nossas
crenças, nossas atitudes.
- e continuamos
trocando nossa Liberdade de muitas outras maneiras, a cada momento, buscando prazer,
fugindo da dor, nos enredando cada vez mais!
Mas a ânsia
de Liberdade é uma força incoercível, sempre presente, latente em nós, e ela
emerge de nosso Interior Sagrado nos impulsionando para adiante... Ela acaba
nos levando a enfrentar esse medo que nos machuca, ameaça, paralisa, nos faz
traidores de nós mesmos.
Abrir mão de ser quem
realmente somos, da Liberdade que nos impulsiona, que nos leva a evoluir, é a
deslealdade maior que nos fazemos, por estarmos tão equivocados sobre o que
precisamos e sobre quem somos.
Aos poucos
vamos despertando para essa necessidade maior, sobre humana, espiritual! Não há
como resistirmos a esse chamado. A princípio nos fazemos de surdos, depois
negamos, reagimos, lutamos, “pisamos no freio”... Temos preguiça e medo, racionalizamos,
desqualificamos, ironizamos, tentamos permanecer acomodados às situações onde
nos deixamos aprisionar. Mas não adianta...
Cada um a
seu tempo, em cada aspecto de maior ou menor dificuldade (animais, pessoas,
povos, nações...) irá atendendo a esse chamado maior e se conscientizando de
nossa destinação maior.
Um dia de cada vez, com paciência amorosa, iremos desatando
as amarras a que nos permitimos atar (físicas, materiais, intelectuais,
afetivas) e nos responsabilizando por todo nosso processo, ainda que muito
difícil, honrando assim nossa natureza espiritual, nosso direito à Liberdade.