O Arrependimento nos chega quando conseguimos abertura
suficiente do coração e da mente para fazer uma releitura de nossas atitudes. É
o “dar-se conta” de si mesmo! É quando nos olhamos com mais honestidade, com
mais liberdade em relação a tudo que nos passaram como verdades absolutas; é
quando escutamos nossa Consciência Espiritual. Encontramos, então, até
explicação para nossos erros, mas não mais os justificamos, tirando o foco de
nós mesmos e o colocando fora de nós – nos outros, no mundo, na vida...
É um
momento delicado, este da tomada de consciência. Devemos estar atentos e
cuidadosos para não nos deixar levar, então, pelo pensamento irreal de que não poderíamos jamais
errar, senão nos sentiremos paralisados e aprisionados pela culpa e pelo
remorso. E a culpa e o remorso, nos
acorrentando à dor, tiram nossa energia, nossa alegria, nossa capacidade de
reformular crenças e atitudes, nossa capacidade de continuar a caminhar com mais
sabedoria, mais humildade... Se nos deixamos ficar remoendo erros, sem aprendizado,
orgulhosos/humilhados, vítimas e carrascos de nós mesmos, acabamos por tentar
fugir da dor encarando nossos comportamentos com cinismo (Sou, mas quem não
é?), arranjando desculpas, distribuindo culpas à nossa volta, com atitudes de
desonestidade e irresponsabilidade, conosco mesmos e em nossas relações.
O Arrependimento
é o momento bonito e libertador, ainda que doído, que pode marcar o início de
uma nova direção, de uma nova etapa em nosso caminho. O Arrependimento de nossos erros, com a simplicidade, a verdade e a humildade
que advém desse reconhecimento nos traz dor, mas a Aceitação do que fomos ou fizemos nos dá a paz e a energia
necessárias para nossa mudança, para nossa transformação.
Reconhecer,
Arrepender, Aceitar, Mudar, Transformar-se...é
o Caminho!
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