Essa exortação, esse convocação,
me chama a atenção para a importância de sair do meu mundinho cômodo/egoísta,
do meu conforto protegido pelos meus bens materiais, pelo amor desfrutado em
família, pelo acesso que tenho à educação, à informação, a valores... do tanto
que tenho e tive o privilégio de desfrutar.
Sair da segurança das minhas opiniões, da minha religião, da minha cultura, das
minhas “certezas”, quando elas me separam e me fecham, quando me ajudam a
ignorar ou rejeitar o “resto” do mundo.
Sair... para chegar ao Outro. Chegar a Outros de realidades tão
diferentes e que, na verdade, me são tão iguais! Chegar, acreditando menos em
nossas diferenças mundanas, apostando mais em nossa humanidade, que nos
aproxima, e em nossa origem divina, que nos iguala. Chegar, com mãos amigáveis,
sorriso franco, mente aberta, coração receptivo... Chegar ao Outro com
igualdade – para Servir.
Mas, como posso Servir? Um Servir maior, melhor, um
Servir que sabe doar e receber...
Será apenas doando bens materiais, que talvez eu possua
mais?
Ou será sabendo, também, aceitar, receber, valorizar e
agradecer o que o Outro possa doar a mim - coisas, atenção, gratidão, sorrisos
ou afetos – fazendo realmente sentirmo-nos iguais e amigáveis?
Será apenas levando informações/orientações que eu acredito
ter melhores?
Ou será sabendo
Ouvir, muito mais do que falar, catequizar ou direcionar?
Preciso, acima de tudo, estar disponível, receptiva, abrindo
meu coração para poder, realmente, sentir e demonstrar empatia, simpatia... para finalmente poder Chegar Junto!
Esse Servir
requer estar aberto, humilde, entusiasmado, para trocar, compartilhar! Sair...
para servir é dar a mim mesma a oportunidade de me sentir atuante,
participante, pertencente a essa grande aventura da Vida!
O moço de Assis já
descobrira isso! Ele afirmava “É dando que se recebe”, a alegria do compartilhar!
Sair... para servir com simplicidade, humildade, respeito,
alegria... Assim, sou também enriquecida pela humanidade do Outro! E isso é muito bom!