Com que me alimento? De que escolho me nutrir?
Tão identificados estamos com nossa dimensão material que só
buscamos, com prazer e cuidados, a nutrição do nosso corpo físico. São dietas
para todos os fins – dos mais banais, por gula ou estética, aos mais sérios e
responsáveis, para recuperação ou preservação da saúde física. É um cuidado sadio e natural na medida em que
estamos hoje de passagem num mundo material e precisamos desse corpo para
habitá-lo.
Mas,
atenção! Esse é um corpo temporário! E as minhas dimensões que realmente
continuam? Como as estou alimentando? Que informações/nutrições faço questão de
oferecer à minha mente, sem atentar para os sentimentos e os comportamentos que
dali serão originados?
Estou me nutrindo com notícias, fotos, conversas,
histórias... que geram e justificam idéias/crenças/pensamentos de competição,
de lutas, retaliações, de maldades, pornografia, perversidades, desânimo,
impotência, revoltas por injustiças, ódios..? Fico revendo e realimentando
esses pensamentos ou estou escolhendo relatos de cooperação, solidariedade,
honestidade, alegria, generosidade...? Prefiro
me deliciar relembrando de casos que me façam rir, sorrir e acreditar que nem
tudo está perdido, que “o amor até existe”, e é muito bom?
Que sentimentos faço questão de
remoer, mantendo-os vivos em mim, alimentados por mim? Mágoas, rancores,
ressentimentos, vergonhas, culpas, ódios... ou ternura, alegria, gratidão,
generosidade, perdão, aceitação do que não posso modificar...? Aceito e respeito meus momentos de dor ou
quero eternizá-la em sofrimento inconformado?
Que tipo de comportamentos tomo
como exemplo, como alimento? Arrogância, agressividade, soberba, sarcasmo,
deboche, mentira,... ou gentileza, coragem, justiça, honestidade, compaixão,
tolerância...?
Sou responsável pelo meu mundo interior. Sou responsável pelo que
escolho como alimento! Não posso modificar o mundo exterior, mas sou
responsável pelo que escolho para me nutrir ao comer, pelo que leio, pelo que
vejo/assisto, pelo que sinto e como ajo. Sou responsável pelas escolhas que
irão nutrir o mal ou o bem em mim, pelas escolhas que me fazem uma pessoa amarga/aguerrida
ou uma pessoa, e companhia, mais serena, mais alegre, mais tolerante, mais
gentil...
Somos seres incríveis e
complexos. Somos seres energéticos, seres multidimensionais e, principalmente,
somos seres espirituais. Preciso estar cuidadosa e atenta ao alimento que
proporciono às minhas várias necessidades. E uma especial atenção com minhas
necessidades mais altas de seres espirituais: Verdade, Beleza,
Alegria, Justiça, Respeito... e o Amor em suas muitas faces.