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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

NOVOS CONFRONTOS


            Somos impotentes perante alguns fatos, “substâncias” e perante quaisquer pessoas! Mas isso não nos foi ensinado! Ao contrário, nos fizeram acreditar que tínhamos o poder e o dever de modificarmos as pessoas à nossa volta, pelo bem delas, por amor, pela “responsabilidade” de exercermos nossos papéis e o nosso poder. Mas a vida veio e nos confrontou com  Outra Realidade. Confusos, perdemos o chão, negamos, brigamos, nos desesperamos e, tentando ainda fazer à nossa moda, perdemos o controle de nós mesmos, de nossa vida... até que, finalmente, tão dolorosamente, entendemos e admitimos nossa impotência! Então achamos que já sabíamos tudo, pelo menos em relação às pessoas ou às circunstâncias que primeiro nos confrontaram e  sacudiram.

            Mas veio a vida e “mudou a pergunta”, nos confrontando com novos personagens, em novas circunstâncias, porém na mesma questão - a nossa impotência.  E então, apesar de já “sabermos”, somos novamente sacudidos e admitimos que precisamos aprender tudo de novo...

            Tudo que não desejamos, tudo que nos faz sofrer, mantemos a expectativa que, “se Deus quiser”, não irá acontecer!  Mas pode acontecer! As pessoas que amamos podem tomar rumos que nos assustam pelo “perigo” de nos perdermos, delas se perderem... Tragédias, doenças, desequilíbrios, desentendimentos... São novos confrontos a que somos submetidos num eterno aprendizado de quem sou eu, quem é o outro, o que posso, o que não posso...

            E de novo nos assustamos, tentamos negar, não “ver”, não acreditar... (Tudo de novo, não!) A dor intensa nos faz reagir com muita raiva da “injustiça”, ou da justiça. E a luta a que, ainda, nos entregamos nos desgasta, deprime, nos enfraquece em todos nossos níveis... Aos poucos, uma tristeza imensa nos envolve e nos leva à auto piedade, à apatia, à conformação... Como dói! Mas, é nesse processo que, mais uma vez, “queimamos” nossas certezas equivocadas, nossas vaidades, nossa raiva, nossas expectativas ainda idealizadas, ilusões que nos aprisionam... É para que nossa Luz Interior possa, naturalmente, ir nos fazendo emergir desse fundo de poço tão doído, para que Ela possa iluminar essa noite escura onde estivemos perdidos... É esse processo que nos leva à humildade, à leveza, à paz da Aceitação. Só assim podemos descobrir, mesmo com dor, os caminhos possíveis, a cada momento, para prosseguirmos.

            Esse é o caminho que várias vezes vamos transitando, a cada novo confronto, ao longo de repetidas vivências daquilo que já “sabíamos” racionalmente, mas que, ainda, não conseguimos internalizar/sedimentar noutros níveis, construindo, enfim, uma Sabedoria. É importante nos entendermos. Entendermos nosso processo de Aceitação, porque, a cada novo confronto, a cada nova “pergunta” da vida, precisamos apenas Acolhê-la e verificar onde estamos nesse processo da “resposta”!


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