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sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

TRANSIÇÕES


            Transições nos remetem a mudanças, passagens... Somos  seres mutantes, em trânsito constante, mas, tão distraídos de nós mesmos, que mal percebemos o eterno movimento da vida acontecendo em nós!   Precisamos de referências materiais externas, para nos darmos conta disso. Precisamos de medições de tamanhos, idades, estações climáticas, estações da vida, de medições de tempo...Dia/noite, semanas, meses, anos, aniversários, o passado e o futuro, passagem de ano, ano velho/ano novo... Nesses momentos de mudanças de fases, marcadas por eventos em nossas vidas e nos calendários, ficamos mais sensíveis a lembranças, somos assustados e maltratados por retrospectivas de desastres, guerras, disputas, mortes, finais... e excitados, inseguros, com a perspectiva de novos começos.  Nunca comemos, bebemos, “rimos e choramos” tanto... Inquietos, nunca  viajamos tanto! Confusos, nos procuramos, nos abraçamos, embriagados de emoções contraditórias: tristeza, alegrias, medo, esperança...Queremos tanto ser felizes!

 E temos a esperança de que pessoas, situações, o mundo... no “novo tempo” possam, finalmente, mudar tudo para melhor.  Afinal, sempre ouvimos falar de transições – de fases da vida, de governos, das pessoas, das relações, até de uma transição planetária! Ficamos atentos e torcemos pelas mudanças à nossa volta, mas continuamos desatentos às nossas.

            Na verdade, cada dia/hora/momento é um novo tempo. Estamos sempre transitando do velho para o novo: uma nova pele, um novo sentir, um novo olhar, um novo interesse, mesmo nas velhas relações... Trazemos experiências do passado e formulamos sonhos que nos ligam a um futuro generoso ou pesadelos sobre um amanhã doloroso, mas temos muito pouca consciência dos momentos que são o nosso presente, a nossa vida.

            No entanto, nessa eterna passagem, eu Sou hoje, Agora! Preciso estar comigo, atenta, cuidadosa, sensível...   Como estou? O que quero?  O que posso? O que, ainda, não posso?     Como ser ativa, Agora, em coerência com meu desejo de ser livre e feliz? Que pensamentos e sentimentos eu estou abrigando a cada novo Agora?

            Nesse “novo tempo” quero transitar mais leve, transitar para melhor. Quero me liberar do lastro pesado dos ressentimentos, das  culpas, da agonia do medo, das raivas de um tempo já passado e que, muitas vezes, ainda me assombram no presente. Quero parar de esperar que os outros ou o mundo em geral façam por mim o que é de minha responsabilidade. Quero aprender a Aceitar a realidade como ela se apresentar, mesmo sem gostar quando ela for dolorosa, quero para parar de brigar ou disputar razões. Quero, assim, ir construindo minha paz interior, colaborando para uma Paz Maior. Só preciso transformar tantos “queros” e desejos em atitude!!!...

            A oportunidade de um “melhor ano” para todos nós é Agora. Quero lembrar- me em todo momento – e aproveitar!

2 comentários:

  1. AMEI O TEXTO! ME PROPORCIONOU EXCELENTES REFLEXÕES! QUE O P.S. CONTINUE A LHE AJUDAR PARA ME AJUDAR! SOU SEU FÃ! GRATO SEMPRE!

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