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sexta-feira, 13 de março de 2015

Liberdade


Somos pequenas centelhas de luz, de uma Luz Sagrada, que se torce e contorce, em acertos e erros, em caminhos e descaminhos, num crescer e fortalecer contínuo, em busca da sintonia plena com a Luz Maior.  Não se mede em tempo esse caminhar, não existe um lugar de chegada – a Luz É.
Mas precisamos de liberdade para esse caminhar! Precisamos de liberdade para escolher, para ousar, para enfrentar riscos, para nos escutarmos e para decidirmos fazer aquilo que nos parece ser o melhor (e o possível) no momento. E livres para colhermos os frutos da experiência do acerto e do erro. Precisamos aprender a entender e cuidar de nossa pequena luz, ainda tão  envolta em nossas imensas sombras.
Caminhar sem a responsabilidade da livre escolha, torna estéril todo o caminho. Caminhar obedecendo ao Faça e Não faça, apenas seguindo a experiência dos outros, nos livra dos riscos, nos traz o aplauso dos “orientadores”, mas não nos faz crescer. Caminhar apenas “colando”, sendo meros repetidores, sem pensar e escolher, nos mantém “seguros”, mas também não nos faz aprender. E caminhar “contra”, sempre contestando, também nos mantém pequenos, prisioneiros e adversários das verdades e experiências alheias.
A liberdade, em qualquer escolha, traz sempre o risco do erro, do fracasso;  traz o “trabalho” de rever conceitos; traz a necessidade de corrigir avaliações e direções. E a Liberdade nos chama para a responsabilidade com as nossas escolhas, ainda que, muitas vezes, queiramos atribuí-la à Família, às Religiões, ao Sistema...    Livres em nossas escolhas, em algum momento de clareza e honestidade, finalmente, descobrimos que as escolhas Sempre Foram Nossas.
Quando nos tornamos livres do auto engano, de fugirmos à nossa responsabilidade, descobrimos o preço da Liberdade – a dor pelos nossos erros. É quando somos confrontados com nossas falhas decorrentes de nosso orgulho, da nossa arrogância, de nossa vaidade, da nossa sede de poder/controle... e de nossas carências, de nossos medos, do nosso egoísmo...
Podemos compartilhar experiências e sugerir caminhos àqueles que amamos ou que nos pedem ajuda, mas não podemos impedir ou atrasar sua caminhada tentando “caçar” seu direito à liberdade de escolha, com a desculpa de protegê-los  das dores dos possíveis erros em escolhas que nos parecem erradas. Com o mesmo propósito, é usada a prepotência para submeter pessoas, e até povos, dando-lhes as nossas próprias diretrizes, as que nos parecem melhores, quando, na verdade, queremos exercer nosso poder e controle. Assim ficamos, ambos, controlador e controlado, estagnados, presos uns aos outros e impedidos, ambos, de progredir, de se libertar...
Somos centelhas sagradas, necessariamente livres por nossa própria origem e necessariamente livres para caminhar até a nossa Fonte de Luz... Somos uma criação dessa Fonte de Puro Amor e Sabedoria, criaturas únicas desse Criador.  Só com a Liberdade de Ser /Estar , de acertar e errar, de criar e recriar, de descobrir nossas virtudes, cores, dons, estilos próprios... demonstraremos, através de nós mesmos, a maravilhosa criatividade de Nosso Criador.  

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