Acolher é
demonstrar, com ação, o desejo de estar junto, seja em família, na escola, na
empresa, na igreja... em qualquer grupo. Traz uma energia de festa, de festejar
o encontro. Reconhece-se, cada vez mais, a importância do acolhimento para
reforçar a alegria de estarmos juntos. É bom festejar...
Mas acolher vai além do festejar o
novo! É aceitar o outro em sua humanidade, em seu momento, em sua fragilidade,
em sua procura... É transmitir-lhe força num abraço, enquanto ele descobre sua
própria força... É sorrir, ter um olhar terno, um gesto gentil, uma palavra
honesta... É dizer-lhe que “vale a pena”, que estamos juntos!
O acolhimento não se faz somente na
chegada, no primeiro encontro, no início da relação, mas é o alimento constante
que fortalece e mantém viva a relação. Acolher todo dia, mesmo após a irritação
com as diferenças... Acolher entendendo as diferenças e a necessidade de
limites/respeito, que não darão espaço às irritações e ao desgaste. Acolher a pessoa, mesmo quando discordamos de
opiniões e atitudes. Acolher é não julgar, não condenar, não abandonar.
Acolher é não desistir do outro, é
apostar na força da boa vontade e na força do coração para diluir crenças
rígidas, raivas, ressentimentos, orgulhos, invejas... É abrir-se para
conciliação e reconciliação, é manter abertura para boas possibilidades. Em relações muito machucadas, esgarçadas,
irritadas, irritantes... relações azedadas, amargas, sem doçura, sem alegria...
relações que ainda se mantém apenas pela teimosia, quando negamo-nos ao outro,
virando-lhe o rosto, negando-lhe acolhimento, desistindo da relação,
abandonando-o na relação... Nessas situações a única saída é investir no acolhimento.
Parece mais fácil desistir do que
investir, acolher...mas é muito mais pobre! Ao fecharmos nossos braços, nosso
rosto, nosso coração, ao nos negarmos ao outro, qualquer outro, nós nos
defendemos e nos resguardamos de dores, mas também dos amores! E sem amor, em
qualquer nível de relação, nossa vida fica mais triste, muito fria... É hora de
abrir meus braços, meu peito e meu sorriso para acolher as pessoas do meu mundo.
Preciso ter coragem para acolhê-los de novo e a cada novo momento, como um dia
os acolhi.
Acolhimento não pode ser apenas
formal, estudado, decorado, educado, frio... Precisa transmitir simpatia, calor,
alegria em escolher estar junto, em apostar na saúde e na continuidade do
encontro.
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