Páscoa, Natal, Casamentos, Dia dos Pais, Dia das Mães... Esses dias de comemoração em família são muito estranhos! Eles trazem o peso de grandes contrastes afetivos: alegria/tristeza, sonhos/decepções, agora/ontem, o que foi bom e o que não foi...
Trazem sempre uma expectativa! Há uma excitação no ar : preparativos, presentes, gulodices, convites, obrigações, agrados, reencontros, reconhecimento, agradecimento, gratidão... Trazem, então, tudo isso para um dia especial de encontro familiar, quando Família torna-se algo muito maior do que laços consanguíneos. São palavras, beijos e abraços,flores, músicas, lágrimas...
São
dias de obrigatória romaria pelos muitos ramos da família e amizades, romaria
cheia de alegrias e cansaços. Às vezes, são dias de ansiosas
esperas, de frustradas expectativas e de magoadas retrospectivas da história de
cada um, quando achamos que fomos muito, quando muito esperamos e, então,
nada acontece...
São
dias, também, de doídos vazios pela distância, pelas perdas, pelo esquecimento,
pela perda de utilidade e de valor... Dias que marcam a “fila que anda” das
gerações – umas chegando e as mais velhas se isolando, já não acompanhando,
quase não pertencendo aos novos ramos da família. Velhas gerações sentindo-se,
cada vez mais, serenas, profundas, fortes e algo entristecidas raízes.
Dias e datas que revelam tão bem o passar do tempo, o caminhar da
Família. Para os jovens, marcantes festejos que parecem
prometer um futuro só de alegrias... Para os mais velhos, o peso das lembranças
de outras alegres festas em contraste com as atuais, cada vez mais isoladas e
silentes. Para os festejados, muita alegria. Para os esquecidos, só
mágoa e tristeza... Para os mais idosos, uma suave nostalgia...
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