O caos em
nosso mundo, interior e exterior, se revela quando o modelo que vivemos e
acreditamos não consegue, nem minimamente, nutrir nosso natural anseio de
liberdade, de paz, de beleza, de felicidade... Quando somos arrastados e envolvidos
em dor, é hora de mudar!
Com
a abrangência e velocidade das informações, que parecem adotar uma verdadeira
especialização em disseminar todos os desequilíbrios de nosso momento,
sentimo-nos, cada vez mais, contaminados e aprisionados nesse caos de
gritarias, ameaças, arrogância, vaidades, desonestidades, manipulações, força,
crueldade, cobiça, abusos, submissões, convocações eternas para lutas
(familiares, políticas, religiosas, nacionais, econômicas, sociais, raciais...)
As belezas naturais são castradas, arrasadas
e as outras (éticas, espirituais, amorosas...)
são escondidas, ridicularizadas,
não divulgadas... Estamos subnutridos de justiça, verdade, respeito, Amor.... Tudo é medo, força, caos e dor! É hora de mudar!
Ante os desafios desse momento , não
existem privilegiados, porque os privilégios do mundo material (força,
dinheiro, poder...) não nos protegem da dor. Somos, realmente, iguais em nossa
humanidade, iguais em nossa alegria e em nossa dor. As facilidades ou
dificuldades materiais, intelectuais, tecnológicas, que parecem tanto nos
diferenciar, não impedem que todos
sejamos arrastados nesse processo de caos desumano.
Mas, como disse um humanista, todo
esse caos e sofrimento podem ser as
“dores do parto” de uma nova ordem,
podem prenunciar um novo tempo! Essa
angústia coletiva nos faz ansiar por um novo modo de Sermos e Estarmos juntos.
Essa dor é que nos impulsionará desse
caos em busca de novas organizações e um novo modo de nos relacionarmos.
Vamos descobrindo que pertencemos, tudo/todos,
a um Todo Maior. Somos afloramentos desse Todo, diferenciados em forma,
complexidade e níveis de consciência. Estamos em constante transformação e
evolução, num mosaico em eterna construção e aperfeiçoamento de nossa espécie,
um mosaico de luzes variadas. Umas ainda frias, meio apagadas, outras já mais
aquecidas, outras brilhantes... Não
adianta reclamar da treva e do caos. É preciso cuidar da luz, fazer novas
escolhas, em meio ao caos que nos circunda e invade. É preciso buscar uma nova
ordem interior. Preciso trazer para mim a
paz, a verdade, a compaixão, a aceitação, o respeito... Preciso modificar meus conceitos
materialistas, competitivos e desamorosos, que alimentaram esse meu caos
interior e procuraram me adaptar àquilo que tanto me agonia.
Só posso modificar a
mim, só posso cuidar
de mim, mas quanto mais for conseguindo, quanto mais for compartilhando e me
relacionando a partir dessa nova ordem interior, mais Luz e Ordem se farão à
minha volta, mais gostoso será viver. Quanto mais buscamos uma sintonia e nos
aproximamos da Fonte, mais energia recebemos, numa constante troca amorosa, que
nutre nossa vocação e destinação para a Beleza e Perfeição.
Na verdade, toda nossa espécie humana, esse tecido divino,
num espaço/tempo construído em cada um de nós, ficará cada vez mais brilhante e
vivo, porque todos nós, todas nossas luzes, até a mais ínfima e fraca, caminham
e acharão, certamente, a direção para seu destino de Ordem e Luz.
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