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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
FIM E COMEÇO
Poucas situações são tão simbólicas como a passagem de um ano que finda e o início de um ano novo. Na verdade é tudo um “continuum”; a vida é uma continuidade de fins e começos, sem horas nem datas. Esse é o “barato” – a qualquer momento podemos rever e recomeçar diferente. É olhar para o tempo que passou, aprender com seus momentos (tristes e alegres) e seguir – não parar, não remoer – apenas aproveitar, tirar proveito, e seguir...
Embora possa parecer que tudo é igual, que continua na mes
ma, o que pode fazer tudo ser diferente, tornar-se esse um “Ano Novo”, serei eu mesma. Tudo é novo sob um novo olhar, uma nova escuta, uma nova atitude, um novo ânimo... e daí surgirão novas possibilidades.
Eu decido a cada ano, a cada dia do novo ano, como quero Ser e Estar. Entender isso torna-me responsável e co-autor do meu destino. Torna-me livre para escolher como viver cada momento e decidir ser feliz, ou não.
Sugestões e comentários: mariatude@gmail.com
sábado, 25 de dezembro de 2010
NATAL
Festa em Família, festa que nos remete a uma “Outra Família”, onde
houve o advento Daquele que veio nos explicar que o Amor era a chave para a felicidade. Por isso Natal é a festa dos laços de Amor, do Amor em suas doces nuances: carinho, ternura, gentileza, paciência, compaixão, bondade, bom humor, tolerância, verdade, compreensão... Um Amor que deveríamos aprender na Família para depois se estender ao Mundo. Precisamos estar atentos e cuidadosos com o Amor, conosco mesmos e com as pessoas que amamos; precisamos estar atentos com o Amor que estamos ensinando.
O Natal pode tornar-se triste quando fazemos dele uma oportunidade para remoer as dores e nos afundarmos no vazio que ficou da perda dos nossos amores: a distância física daqueles que amamos, a distância afetiva nas nossas relações corroídas pelas frustrações, raivas, mágoas, cobranças e abandono.
O Natal pode torna-se artificialmente alegre a custa de muito consumo material: muitas compras, muita comida, muito mais ainda bebida. Ajudam a anestesiar aquelas nossas dores, mas tudo se mostra tão superficial que não atinge nossos anseios.
Mas o Natal que comemora um nascimento também pode ser o marco para um começo, um recomeço de Boa Vontade no aprendizado do Amor, daquele Amor ensinado e vivido por Jesus de Nazaré, o Amor que liberta, que respeita, que enche de puro deleite e gostosura as nossas vidas.
Feliz desse Natal para nós todos!
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
A BOA NOVA
Estamos sempre atrás de novidades. Quase todas, infelizmente, são novidades tristes, duras, desanimadoras. Ainda assim ficamos atentos a todo tipo de comunicação e tratamos de passá-las adiante, comentá-las, com horror e desesperança no mundo e no ser humano. Algumas outras, tratam de descobertas materiais, tecnológicas, científicas, que prometem nos facilitar o gozo da vida, prolongá-la ou sofisticá-la com “super” desempenhos. Contudo, nenhuma delas consegue trazer esperança de sermos felizes, crença em relações mais generosas e num mundo mais gentil e humano.
As novidades mais significativas para nossa plenitude e felicidade nos chegaram pela graça de um Poder Superior cheio de amor e compaixão por nós, suas criaturas, ainda tão confusas porque, embora seres espirituais, buscam sua felicidade somente na materialidade do mundo onde, no momento, habitam: em dinheiro, poder, prestígio, força...
Através das eras Ele nos enviou emissários de boa vontade que nos mostravam outros caminhos para a felicidade. Tanto tempo se passou, tanto se tem dito, escrito, falado sobre eles. Foram reverenciados, adorados, venerados. Tantas religiões foram criadas em torno deles e tantas guerras, lutas, competições existiram e ainda existem para saber qual foi o maior, quem louva melhor, quem são os verdadeiros donos de suas imagens, de suas palavras... Na verdade, as mensagens estão perdidas, prisioneiras de letras e rituais, fora da vivência de cada um de nós.
Mas o Poder Superior em seu amor infinito e paciente, espera que nós, finalmente, entendamos a mensagem trazida por Jesus de Nazaré em sua singeleza: a felicidade virá através do amor ! Era uma incrível novidade porque nos foi trazida por suas palavras e por seus atos em cada momento da vida. Ele foi, assim, a Mensagem e o Mensageiro, simplesmente mostrando que o caminho para a felicidade se faz no aprendizado e vivência do amor por nós e em nós, se estendendo a tudo e todos.
“Aprende a amar a ti mesmo e, então, ama verdadeiramente teu próximo”. Ama ao próximo COMO a ti mesmo.
O Amor, ele nos mostrou em suas muitas faces: ternura, compaixão, aceitação, tolerância, perdão, generosidade, compreensão, paciência, bom humor, gentileza, verdade... Se seguirmos sua mensagem, nos sentiremos nutridos por nosso Eu Maior, nossa essência, nossa dimensão sagrada. Só assim nos sentiremos plenos, felizes, em sintonia com nosso Poder Superior e todas as suas criaturas. Essa é a Boa Nova que precisamos lembrar, nessa época, em meio a tantas comemorações puramente materiais.
A felicidade é um processo interior, uma caminhada pessoal, uma destinação que nos leva certamente a querer compartilhá-la com tudo e todos.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Bom Humor
O bom humor pertence à nossa dimensão espiritual. Ele traduz a gostosura e a alegria de ser e estar em cada instante. Ele é um convite aos outros para chegarem, para ficarem conosco, compartilharem nosso momento. O Bom Humor traduz abertura de coração e entusiasmo. Com ele temos mais vontade de realizar, cooperar, criar... Pelo contrário, o mau humor se expressa em lamúria ressentida, raivosa, enrustida. Ele é um não à vida, às relações; fecha-nos às possibilidades do momento, afasta as pessoas, nos isola.
O Amor muito sério, crítico, em nome do que é certo, do bem, que agride em nome da verdade, que é mal-humorado, é amor azedado, estragado, deformado. O Amor sadio é verdadeiro, honesto, assertivo, mas também doce, terno, bem-humorado.
Nas várias situações de nossas vidas o bom humor ameniza as dificuldades, facilita a superação, encoraja-nos com leveza para mudar, porque ele trás a graça do que é flexível, da alegria, da luz. Se estou irritado, áspero, azedo, cabe a mim reverter essa densa energia interna, aceitando o que não posso modificar, para então, com paz interior e bom humor, desfrutar os momentos da vida. Cultivar o bom humor e a alegria faz parte do nosso Despertar Espiritual.
sábado, 18 de dezembro de 2010
VOCÊ FAZ A DIFERENÇA
Você sempre faz a diferença! Pertencemos a um universo em constante e total movimento e interação, onde nossas atitudes influenciam, direta ou indiretamente, tudo e todos, inclusive a nós mesmos. Cabe-nos a reflexão sobre que tipo de diferença, para melhor ou pior, nós escolhemos fazer.
Quando decidimos nos conhecer melhor, nossos talentos e defeitos, aumentamos nossas possibilidades de atuarmos em nossos destinos de forma positiva na medida em que, ao nos aceitarmos como estamos, sem negações e lutas, sobra-nos energia para podermos nos modificar, libertar de condicionamentos negativos ou defeitos inatos. Vamos sentindo que estamos fazendo a diferença em nós mesmos, em nossas vidas.
A partir de nossa mudança, outras mudanças revelam-se em nossas relações, seja em família, em sociedade, com o mundo. Não posso modificar os outros, mas quando eu mudo algo se torna diferente nas minhas relações, porque eu fiz a diferença.
Mudar, mais do que agir diferente, é ter uma percepção modificada de mim, dos outros e do mundo. As dificuldades que tenho em lidar com meus defeitos, assim como o entusiasmo que sinto com a descoberta dos meus talentos, fazem com eu possa entender e sentir melhor, de forma diferente, os sentimentos e atitudes das pessoas à minha volta. Compartilhar a riqueza e complexidade de nossa humanidade, nossos altos e baixos, favorece todo nosso crescimento e na medida em que conseguimos ser honestos e corajosos ao nos revelar, que formos generosos ao dividir nossa experiência e respeitosos com o espaço e a história dos outros, certamente poderemos estar fazendo a diferença em suas vidas.
A filosofia dos Anônimos nos alerta, com a sabedoria das antigas experiências, através das Tradições, para estarmos atentos aos condicionamentos que trazemos e que nos fazem lutar por prestígio, poder, razão...querendo sempre mais dominar, aparecer, parecer do que SER, Estar bem,Cooperar. Quando nosso personalismo egoísta nos leva a querer nos sobrepor aos outros, isto dificulta e acaba por quebrar nossos relacionamentos, quaisquer que sejam. Contudo, quando vamos internalizando aqueles cuidados, sem perceber, começamos a fazer uma diferença positiva nos grupos onde vivemos. Abrimos mão da competição e luta para sermos um referencial diferente de igualdade e parceria.
Na verdade, sonhamos com um mundo ideal onde haveria igualdade e respeito entre as pessoas, responsabilidade e cooperação nas tarefas necessárias e um propósito geral de estarmos disponíveis para servirmos uns aos outros, por amor e com amor.
Quando EU busco participar nas várias situações na vida, material e espiritualmente, em palavras e ação, com esse ideal me orientando, posso fazer a diferença e servir de atração, com esse modo modificado de Ser e Estar, para aqueles que também procuram um viver mais sereno, pleno e feliz.
Sugestões e comentários: mariatude@gmail.com
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
ESPIRITUALIDADE I
Nesse momento em que as Irmandades de 12 Passos cada vez mais amadurecem, se expandem e difundem, parece bastante oportuno sinalizarmos para que não nos distanciemos da espiritualidade de nosso Programa. Ele não é simplesmente a proposta de um novo modelo de comportamento, nem tão pouco somente um redirecionamento de idéias e crenças ou só uma escuta mais cuidadosa de sentimentos. Ele é muito mais amplo e abrangente porque nos acolhe em nossa inteireza, cuidando e respeitando a relação de nossas dimensões física, afetiva, mental e espiritual. Baseia-se em princípios que buscam resgatar e nutrir nossa dimensão espiritual, nossa dimensão essencial.
Para isso o programa prioriza o Ser sobre as distrações do ter, do fazer, do parecer e do poder. Proporciona alegria e ternura ao nos convidar a compartilhar, cooperar e servir.
Desperta-nos para novos valores, objetivos, propósitos e vocações. Liberta-nos a mente e o coração para a descoberta de um Poder Superior, pleno de Sabedoria Amorosa, presente em cada um de nós, em nossos companheiros, familiares, em tudo e em todos.
Dá-nos o sentimento de pertencer a um Plano Maior, com propósitos que nem sempre alcançamos, mas que, hoje sei, são plenos de amor. Isso nos permite desenvolver uma relação de carinho, confiança, entrega e aceitação com esse Poder Superior e com o processo da vida.
Nesse caminhar sugerido, encoraja-nos a conhecer, aceitar, respeitar, modificarmo-nos,redirecionar nossas vidas, libertar e amar a nós mesmos. Sugere compaixão e bom humor, calma e perseverança, ao fazermos e refazermos, passo a passo, essa caminhada maravilhosa em direção ao Mistério que somos. Possibilita que tudo vá acontecendo no aconchego do Grupo, na contínua acolhida, na confiança e carinho do compartilhar.
E é assim, um dia de cada vez, que essa prática paciente e bondosa nos vai conduzindo e se transformando num próprio Despertar Espiritual. Todo nosso Ser cada vez mais se nutre nessa fonte de luz que todos possuímos – nossa Dimensão Espiritual – e cada vez mais nos sentimos ligados, sintonizados com a Fonte Maior – o Poder Superior.
Espiritualidade é a capacidade de viver a partir de nossa dimensão espiritual/amorosa. É o exercício dos aspectos do Amor que nos trazem plenitude e felicidade como compaixão, tolerância, verdade, ternura, respeito, generosidade, aceitação, paciência, bom humor, gentileza...
É importante lembrarmos sempre que não temos o poder de salvar, perder ou modificar ninguém, mas temos sim o poder de estarmos atentos à espiritualidade do nosso caminhar em todas as nossas atividades, em todas as nossas relações. Esse viver mais espiritual é que nos torna a cada dia um referencial mais sadio de vida e portadores de uma luz que atrai e acolhe; que nos torna, enfim, pessoas mais serenas e felizes.
Sugestões e comentários: mariatude@gmail.com
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Humildade I
“Sentimento” e atitude que nascem, crescem e florescem no processo do despertar de nossa dimensão original, essencial - a Dimensão Espiritual. A humildade nos trás serenidade nesse processo totalmente interior e resulta da descoberta e aceitação do que realmente sou e do que posso - do meu exato tamanho – aqui e agora. Nós vamos cultivando-a quando trazemos nossa atenção para nós mesmos, sem nos compararmos, num caminhar sem vencedores ou perdedores, sem arrogância orgulhosa ou humilhação envergonhada, sem vaidade ou invalidação.
Nessa “viagem” interior vou retirando poder de todos
“tenho que”e “ia”(devia-podia), idealizações irreais que nos agoniam e humilham quando falhamos e vou aprendendo a me respeitar e agir como posso, só por hoje. Essa aceitação, plena de humildade, nos retira da luta constante conosco mesmos e com um mundo exterior, que nos cobra e julga. A Humildade nos permite pedir ajuda, confiar e nos entregar à sabedoria de um Poder Superior. Ela nos permite também abandonar uma atitude de soberba,orgulho, que nos aprisiona e isola, para nos aproximarmos uns dos outros, podermos ouvir e nos revelar, podermos compartilhar nossa humanidade...
A Humildade nos trás paz interior; a paz necessária para o processo de recuperação de nossa liberdade interior, de nossa auto imagem, de nosso auto respeito. Ela redireciona uma energia antes gasta em constante luta interna e externa, para utilizá-la de modo suave, sereno, mas firme, que alimenta nossa coragem para mudar.
Sugestões e comentários: mariatude@gmail.com
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