Já ouviu isso? Ou, quem sabe, foi você quem disse isso?
Essa é uma das formas mais antigas e sutis de manipulação.
Quando a ouvimos, sentimo-nos imediatamente culpados, devedores, egoístas,
malvados... E não importa o muito que já tenhamos feito!
Se
estivermos desatentos, embarcaremos na manipulação, em família ou fora dela,
dessa lamúria raivosa. No afã de sermos amados, aceitos e valorizados, ficamos
frágeis e susceptíveis de sermos vitimados por nossos manipuladores de qualquer
idade, em quaisquer relações.
“Por favor...”, “Eu estou pedindo...”,
“Pelo menos isso...” São exclamações que parecem humildes, sofridas, tristes,
mas que mascaram manipulação, tentativas de fazer prevalecer vontades,
necessidades. São tentativas de controle. Aprendemos desde a mais tenra
infância a usar esses mecanismos de controle dentro das relações e vamos
aperfeiçoando-os pela vida afora, utilizando a insegurança, a necessidade de
agradar, o medo de perder, daqueles para
quem somos (ou que nos são ) tão importantes, para controlar, para obtermos o
que queremos.
Precisamos estar atentos a essa
forma de “invasão forçada” e tão bem disfarçada. Precisamos estar também
atentos para não sermos nós os invasores, os manipuladores. Essa lamúria nos
transforma em pedintes inoportunos, cobradores insistentes e faz o outro
sentir-se devedor. E esses papéis de cobradores e devedores, mesmo quando
disfarçados, matam a
espontaneidade e a alegria de qualquer relação. Ninguém
quer ser cobrado do que não pode dar ou do que não quer dar!
A
desatenção para esse tipo de manipulação só consegue irritar, cansar, magoar...
só consegue nos afastar. Manipulações revelam desrespeito e o Respeito e a Verdade são as
necessidades básicas para o Amor.
Quero poder dizer não, quando necessário, com gentileza e
firmeza.
Quero aceitar com naturalidade o que você pode, ou quer, me
oferecer.
Quero saber agradecer... Quero saber respeitar...
É tão bom nos sentirmos livres e confortáveis na relação!