“Nascemos para aprender a amar” (JYL).
Eu acredito que sim, porque queremos ser felizes e o Amor é
que traz gostosura, alegria, valor e sentido às nossas vidas!
Mas por que ainda tanto o amor nos falta? Porque ficamos
esperando que nos amem enquanto nós também os amamos! Nessa troca tão
complicada, estamos prometendo dar o que, realmente, ainda não conhecemos, o
que ainda não vivenciamos internamente. Queremos amar o próximo antes de
aprender amar a nós mesmos! Não funciona! Ficamos carentes, medindo,
comparando, cobrando uns dos outros, nos lamuriando, nos afastando...
“Que comece
por mim”... A auto-estima, o amor a nós mesmos, se desenvolve, cresce,
fortalece na convivência e na atenção constante com esse mistério que Somos, na
intimidade que vamos criando conosco mesmos.
Nesse
caminhar, nosso amor e cuidado precisam atentar para nosso corpo físico,
valorizando o quanto ele tem nos servido, aceitando suas transformações,
limitações e desgastes, cuidando-o com carinho e respeito.
Vamos também descobrindo aspectos de nossa personalidade
(bons e “menos bons”), descobrindo dons únicos que nem suspeitávamos,
entendendo crenças/pensamentos que nos dirigiram e aos nossos sentimentos,
antes tão disfarçados, e revendo nossos comportamentos, antes tão
“justificados”. Vamos entrando em contacto conosco, com nosso mundo interior
desconhecido, com nossa humanidade!
Atentos a tudo isso, passamos a
desempenhar nossos papéis nas relações com auto
respeito, comunicando às pessoas, a quaisquer pessoas, o que queremos e o
que podemos, não importando quais sejam suas expectativas... “Um dia de cada
vez” vamos exercitando a assertividade, porque entendemos que a lealdade e a honestidade conosco é
sinal de respeito ao que somos e aos outros.
Nesse processo
de construção de uma relação verdadeira e amorosa conosco mesmos, compartilhar
torna-se um maravilhoso instrumento. Reunidos, aprendemos a ouvir e, nas
experiências do outro, descobrimos aspectos nossos mais escondidos... Em grupo,
nos fortalecemos para falar, dar voz às nossas idéias, nossos sentimentos,
nossas histórias... Aprendemos a revelar,
perdoar, aceitar e valorizar quem
somos e recobramos a esperança de sermos, cada vez mais, senhores de nós
mesmos e de nosso caminhar.
“Auto estima”, amar a mim mesma, é o
resultado desse “Cuidar de mim” –
com carinho, gentileza, paciência, aceitação, bom humor,firmeza, compaixão, honestidade,
admiração, valorização... E a sabedoria amorosa aprendida nesse processo me
humaniza e me leva à sabedoria de poder entender e “amar o próximo como a mim
mesma”. Somos seres espirituais, por isso precisamos da nutrição espiritual do
Amor para sermos felizes.
E por essa nutrição nós somos auto responsáveis! É isso!