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domingo, 6 de julho de 2014

AUTO-ESTIMA - II


         “Nascemos para aprender a amar” (JYL).
Eu acredito que sim, porque queremos ser felizes e o Amor é que traz gostosura, alegria, valor e sentido às nossas vidas!
Mas por que ainda tanto o amor nos falta? Porque ficamos esperando que nos amem enquanto nós também os amamos! Nessa troca tão complicada, estamos prometendo dar o que, realmente, ainda não conhecemos, o que ainda não vivenciamos internamente. Queremos amar o próximo antes de aprender amar a nós mesmos! Não funciona! Ficamos carentes, medindo, comparando, cobrando uns dos outros, nos lamuriando, nos afastando...

            “Que comece por mim”... A auto-estima, o amor a nós mesmos, se desenvolve, cresce, fortalece na convivência e na atenção constante com esse mistério que Somos, na intimidade que vamos criando conosco mesmos.

            Nesse caminhar, nosso amor e cuidado precisam atentar para nosso corpo físico, valorizando o quanto ele tem nos servido, aceitando suas transformações, limitações e desgastes, cuidando-o com carinho e respeito.
Vamos também descobrindo aspectos de nossa personalidade (bons e “menos bons”), descobrindo dons únicos que nem suspeitávamos, entendendo crenças/pensamentos que nos dirigiram e aos nossos sentimentos, antes tão disfarçados, e revendo nossos comportamentos, antes tão “justificados”. Vamos entrando em contacto conosco, com nosso mundo interior desconhecido, com nossa humanidade!

Atentos a tudo isso, passamos a desempenhar nossos papéis nas relações com auto respeito, comunicando às pessoas, a quaisquer pessoas, o que queremos e o que podemos, não importando quais sejam suas expectativas... “Um dia de cada vez” vamos exercitando a assertividade, porque entendemos que a lealdade e a honestidade conosco é sinal de respeito ao que somos e aos outros.

            Nesse processo de construção de uma relação verdadeira e amorosa conosco mesmos, compartilhar torna-se um maravilhoso instrumento. Reunidos, aprendemos a ouvir e, nas experiências do outro, descobrimos aspectos nossos mais escondidos... Em grupo, nos fortalecemos para falar, dar voz às nossas idéias, nossos sentimentos, nossas histórias... Aprendemos a revelar, perdoar, aceitar e valorizar quem somos e recobramos a esperança de sermos, cada vez mais, senhores de nós mesmos e de nosso caminhar.

            “Auto estima”, amar a mim mesma, é o resultado desse “Cuidar de mim” – com carinho, gentileza, paciência, aceitação, bom humor,firmeza, compaixão, honestidade, admiração, valorização... E a sabedoria amorosa aprendida nesse processo me humaniza e me leva à sabedoria de poder entender e “amar o próximo como a mim mesma”. Somos seres espirituais, por isso precisamos da nutrição espiritual do Amor para sermos felizes.

 E por essa nutrição nós somos auto responsáveis!  É isso!