Pesquisar este blog

quarta-feira, 28 de março de 2012

QUEM MUDA ?



           Estabelecemos nossas relações buscando nelas completude, alegria, felicidade... Tudo isto esperamos que os outros venham nos trazer! Achamos que nos desdobramos, ao nosso limite, para fazer a nossa parte. Mas parece que, apesar de tudo, muitas vezes não funciona... O Outro, qualquer Outro, não nos completa e ainda nos critica achando que não o completamos! E vivemos com medo que nos abandonem, nos deixando incompletos, feridos, magoados, humilhados... E a Alegria? Como existir em meio a esses sentimentos, a cobranças, a ameaças...? A Felicidade, esta  se revela uma possibilidade cada vez mais distante – uma ilusão tola do passado! Não deu certo!

            As crises na relação se aprofundam ao confronto com os desafios da vida, e todas as concessões e sacrifícios não reconhecidos, as frustrações, a raiva, as mágoas, as cobranças, as humilhações, o desespero nas últimas tentativas... nos obrigam a encarar um dilema sem possibilidade de solução. Perdemos o controle e a esperança de felicidade nessas relações. Já entendemos que serão necessárias mudanças para uma tentativa de resgate dessas relações tão significativas para nós, relações onde jogamos tantas expectativas, tantas energias, tanto amor. Mas, QUEM MUDA?
O mais “errado” ? (irresponsável, agressivo, frio, distante...) O que investe menos na relação? O que traiu? O que foge? O que não “discute a relação”?

            Enquanto estivermos procurando a resposta nos Outros, nada mudará! Todos gritarão suas próprias queixas, todos se defenderão e contra atacarão! E continuaremos, todos, reféns desse círculo vicioso e nada, NADA mudará!

            QUEM MUDA? Mudo eu, quando a dor, a confusão, o desespero, a desesperança, me fizerem humilde para, finalmente, entender que Só posso mudar a Mim, independente de qualquer disputa, qualquer história, quaisquer razões! Só posso mudar a mim...
- Mudar minha ilusão de que posso (e devo) controlar e mudar a quem amo e até a esse mundo errado...
- Mudar meu triste engano de pensar que coisas e pessoas me completarão,  farão minha felicidade...
- Mudar meu desconhecimento de que sou um Ser Inteiro, completo, de possibilidades infinitas...

            QUEM MUDA? Mudo eu, quando “Mantenho minha mente e coração abertos”, quando escolho a honestidade, a Verdade, para ser leal a mim e chegar aos outros... Mudo eu, quando revejo minha história com um novo olhar, quando fico atenta aos meus sentimentos com uma nova escuta... Mudo eu, quando aprendo a me respeitar, delimitando e honrando meus limites, quando aprendo a me gostar, a me cuidar...  para poder, então, respeitar e amar melhor as pessoas da minha vida!

            Mudo eu! Estou viva, mutante... Sou uma maravilhosa “metamorfose ambulante”!!!

Comentários / Contato : mariatude@gmail.com

sábado, 24 de março de 2012

INVEJA



              A inveja é um traço que se instala em nosso caráter, em nosso mundo interior, na medida em que nos prendemos às constantes comparações com o mundo exterior – sempre valorizando as nossas carências de tudo que desejamos e não possuímos, mas que parecem estar sobrando aos outros.
Amargamente, ficamos presos a essa contabilidade negativa, onde nos vemos perdedores e sempre deficitários em saúde, bens materiais, beleza, alegria, força física, talentos, posições sociais, relações bem sucedidas (amorosas, profissionais, etc)...

            Vivendo sintonizados com nossa escassez e comparando-a com a abundância nos outros, geramos em nós mesmos frustração, raiva, mágoa, ressentimento... Sentimo-nos injustiçados, com Inveja. Qualquer admiração que pudéssemos ter, logo se transforma em despeito, azedume... em Inveja.
E ela nos consome a alegria de desfrutar o que a Vida nos oferece, a certeza da Graça, a certeza de que somos merecedores de tudo que realmente precisamos.

            A única forma de nos livrarmos da inveja é, simplesmente, mudarmos o foco de nossa atenção para nós mesmos e deixar de valorizar o que nos falta (débitos), atentando para o que temos (créditos). É uma simples mudança de olhar que faz toda a diferença! Por menos que me pareça ter no momento, quanto maior minha crise, a minha dor - mais preciso e quero estar atenta para descobrir e valorizar o que tenho!

            Escassez ou abundância – o que escolho valorizar em mim e no meu mundo?

            Quero ser feliz! Não quero ficar me lamuriando pelo que me falta e os outros têm ou me consolar pelas misérias ainda maiores deles. Não adianta me comparar porque só posso modificar ou forjar(e ser co-autor) do Meu Destino.

            Quero ser feliz! Preciso ser coerente com o que quero! Preciso me sintonizar com a energia da abundância, com a energia da Graça, com a energia das possibilidades, das minhas potencialidades, com o Amor de um Poder Superior que sabe do que Eu Preciso.

Comentários / Contato : mariatude@gmail.com

terça-feira, 20 de março de 2012

O PREÇO DA LIBERDADE



             Pela vida afora vamos trocando nossa liberdade por facilidades, regalias, mordomias... ganhos de toda sorte, material e afetiva. Abrimos mão de nosso direito de fazer escolhas por sobrevivência física, mas também por dinheiro, prestígio, poder, sexo, amor... em troca de sermos cuidados, protegidos, dispensados de trabalho, luta e para termos aprovação familiar e social. Ficamos tão focados em recebermos recompensas do mundo exterior que, sem sentir, vamos cedendo nosso maior bem interior – nossa liberdade. Tornamo-nos dependentes de coisas e pessoas – submetidos e submissos – por vontade própria ou por não exercermos nossa vontade.

            Quando perdemos nossa Liberdade de pensar, de sentir, de dizer, de agir e interagir com verdade e espontaneidade, de errar, de aprender... perdemos, também, nossa oportunidade, nosso dever e nosso direito de ser quem, realmente, somos e de caminharmos em direção a tudo que podemos. Na verdade, já nascemos física, afetiva e materialmente dependentes, mas em vez de irmos descobrindo e assumindo quem somos, num processo natural de descobertas e uso de nossas potencialidades, vamos perdendo o rumo de nós mesmos e nos rendendo às promessas e ganhos do mundo.

            Como abdicar do que nos “protege”? Como largar as muletas materiais e afetivas que nos sustentam? Como caminhar num mundo que nos assusta e para o qual não nos preparamos porque estávamos acomodados e protegidos? Como enfrentar esse controle “cuidadoso” que nos cerceia em nome do amor? Como aprender a dizer Não a quem amamos ou de quem precisamos? Como assumir a responsabilidade por nossas escolhas?...E se não der certo, a quem culpar? São tantos questionamentos...

            Preciso ir, Um dia de cada vez, descobrindo quem sou, o meu mundo de crenças, sentimentos... revendo minha história, reescrevendo meu presente. É um processo. Ele precisa ser calmo, paciente, sereno... mas corajoso e perseverante. O próprio processo, uma vez iniciado, vai nos alertando, a cada situação, para o cuidado em resguardar a liberdade!   Ele nos entusiasma a cada vitória conseguida e fortalece, cada vez mais, nosso propósito de nos libertarmos, nosso propósito de respeito a quem somos e ao que podemos.

            O preço da Liberdade é a perseverante e incondicional lealdade a nós mesmos. E como vale a pena!!!

Comentários / Contato : mariatude@gmail.com

sexta-feira, 16 de março de 2012

UMA LUZ LATENTE



            Uma Luz perpassa toda a Criação.
            Ela forjou a própria Criação.
            Ela Está em nós. Ela É em nós.
            Ela nos dá Vida, vitalidade.
Ela nos impulsiona, nos direciona e, ao mesmo tempo, nos chama.
Ela é a Alegria, a Felicidade, o Amor...

O que bloqueia, em mim, essa Luz? Por que não consigo desfrutá-la, maravilhar-me com Ela e perder-me de felicidade Nela? Por que chegamos a desconhecê-La, a duvidar Dela? O que impede nossa maior intimidade com Ela? O que nos distrai Dela?

Nossa mente racional, tão zelosa, tão defensora de nós no mundo material, criou uma série de crenças e idéias, de atitudes defensivas e agressivas que funcionam como uma muralha quase intransponível, com um fosso profundo onde se escondem e ficam aprisionados nossos sentimentos. Esses “bons propósitos” defensivos acabam por bloquear, blindar nossa Luz, por nos distanciar Dela.

Mas Ela permanece, latente, paciente, viva, disponível, mantendo sua promessa de Vida. Ela é a dádiva suprema desse Amor Supremo. Cabe a cada um de nós ir encontrá-la. Essa viagem, esse caminho, essa aventura, é a nossa grande missão, nosso primordial propósito. Muitos contos e histórias infantis nos falam, por metáfora, dessa busca a um tesouro que nos fará felizes, mas precisamos entender que esse tesouro é Interior.

Precisamos atravessar os campos minados do ego brigão, enfrentar os dragões dos nossos sentimentos negados. Mas é uma travessia e um enfrentamento diferentes porque devemos fazê-los sem repelir os dragões, sem agredir ou arrasar o inimigo egóico – afinal, ele só quer nos defender! Como, então, pacificar o ego e libertar os sentimentos para chegar à Luz Latente?

Preciso entender que Ela não é somente a Meta! Ela precisa fazer parte do próprio caminho! Preciso fazer essa travessia com o amor de minha Luz Latente. Ela se manifesta na Boa Vontade em procurar me entender, me conhecer, me aceitar, me respeitar... para então, com o ego pacificado e, aos poucos, transformado, com os dragões acolhidos e libertados, poder desfrutar do Despertar Espiritual e sentir-me inundar, cada vez mais, por essa Luz Latente.

“Reformar-se é tomar consciência de si mesmo, da “perfeição latente” à qual nos destinamos.”   Ermance Dufaux

Comentários / Contato : mariatude@gmail.com

segunda-feira, 12 de março de 2012

BEM FEITO ?!



            Quantas vezes pensamos ou mesmo dizemos: Bem feito! Bem feito o quê? Bem feito por que? Porque alguém se deu mal? Porque algo deu errado?

            Esta exclamação tão corriqueira pode nos revelar muito do nosso mundo interior e dos papéis que assumimos nesses momentos – de promotores, juízes, carrascos... dos outros e até de nós mesmos!
 - pode revelar nossa inveja e despeito, nossa frustração pelo que não conseguimos, agora consolados com o malogro das conquistas dos outros!
 - pode revelar nossa indignação, nossa falta de compaixão com os erros alheios, nossa arrogância ao nos sentirmos melhores, superiores. !Bem feito, ele mereceu!)
 - pode revelar o quanto somos orgulhosos da superioridade de nossas idéias e orientações e o quanto somos impiedosos ao nos sentirmos recompensados e triunfantes com o fracasso daqueles que não nos “ouviram”, mesmo nossas pessoas mais queridas! (Bem feito, eu avisei...)
 - pode nos revelar o quanto somos competitivos, o quanto queremos e precisamos ter razão, sermos vitoriosos e os outros, perdedores.
 - pode nos revelar nosso rancor, nosso ressentimento, nossas mágoas congeladas, que acabam por congelar nossa ternura, nossa capacidade de amar, de seguir adiante.
 - pode revelar nossa incapacidade de saborearmos a nossa vida no presente por que estamos presos aos outros e ao passado, só nos restando a “alegria fria e escura” da vingança, da revanche.
 - pode revelar que estamos nos tornando duros, inflexíveis, amargos juízes de uma humanidade que ainda engatinha e até de nós mesmos!

            “Bem feito” para tudo e todos que estão errados!... Revela que estou vibrando negativamente, “babando” raiva, ódio, despeito, impaciência... Isto não é bom para mim! Preciso e quero vibrar com mais leveza, doçura, bom humor... Preciso lembrar que sou a única responsável pelo meu mundo interior. É importante estar atenta aos meus pensamentos e comportamentos para entender meus sentimentos, para entender a mim mesma, para me libertar...

 “Bem Feito”! Temos muitas oportunidades para refletir porque quantas vezes pensamos ou dizemos – “Bem Feito!” ?

Comentários / Contato : mariatude@gmail.com

quinta-feira, 8 de março de 2012

VOCÊ, MULHER


             Você, que acredita ser responsável pela Vida, pela Família, pela Felicidade, pela Sorte, por tudo de bom... e culpada por tudo que não deu certo!

            Mulher Menina, você que aprendeu o dever de ser a boa filha, boa irmã, a atender às expectativas da mãe, do pai, da família, mesmo quando essas expectativas eram tão controversas... Você precisava tanto de amor e aprovação! Você, que se culpa por tudo que ousou fazer diferente do recomendado, pelas alegrias que não deu, pelas lágrimas que os fez chorar... Você se sente responsável por eles até o fim... e, até lá, continua menina, buscando aprovação!

            Mulher Companheira, você que sonhou sempre com um Grande Amor, um amor maior e diferente de todos os outros amores... Um dia, você encontrou esse Grande Amor... apenas para sofrer com o medo de perder sua magia apaixonada! Você, teimosamente, desesperadamente, tentou controlar, “mostrar serviço”, brigou, cobrou, manipulou, tornou-­se “chata”, fez-se submissa, qualquer coisa “pelo Amor”... Ainda assim, viu com tanta dor e até horror, com culpa, vergonha, confusão, humilhação... a paixão e a ternura irem se apagando na relação! Quanta dor no desamor, quanta vergonha no “desvalor”!  Mas, quanta Coragem para tentar de novo e quanta Sabedoria ao entender que, depois do fogo da paixão, depois da libertação pela “ des-ilusão”, finalmente se pode, realmente, aprender a Amar – primeiro aprendendo a Cuidar de Si Mesma, a desabrochar, independente, livre, forte, generosa, serena – para, então, amar com parceria, para ser Companheira!

            Mulher Mãe, você que se deslumbrou com sua capacidade de “trazer a vida” e se assusta, até se angustia, com a intensidade do amor que explode no seu peito só de olhar, só de sentir, suas “crias”. Você acreditou ser sua grande missão moldar seus destinos, fazê-los “dar certo”, serem para sempre felizes, não permitir que jamais sofressem ou morressem!!! O Tempo, a Vida, se encarregaram de trazê-la para a realidade de sua impotência ante essa Missão Impossível... mas você manteve seu poder de amar, amar, amar... Você está aprendendo a ser uma Mãe diferente, permitindo que os filhos façam suas próprias opções, que sorriam, chorem, cresçam... ainda que a satisfação disso se misture sempre a um grande medo ao vê-los “surfando” na Vida!

            Mulher, você que um dia deixou o primeiro ninho, que escolheu um companheiro, que construiu e , se preciso, reconstruiu seu próprio ninho, que viu, aos poucos, sua ninhada ir deixando o ninho vazio... mas sempre  o manteve disponível, acolhedor.

           Você, que se rende a uma Vocação Maior para se libertar e, então,acompanhar, incentivar, se cuidar e cuidar, se amar e amar... Você que se vê cobrada, censurada, repuxada, ansiada, em tantos papéis, por tantos amores... mas, chorando ou sorrindo, sabe que vale a pena!

Comentários / Contato : mariatude@gmail.com

segunda-feira, 5 de março de 2012

INDIGNAÇÃO


            Não podemos perder a sensibilidade e com ela a capacidade de nos indignarmos com a Injustiça. Por injustiça podemos entender tudo que se opõe aos direitos básicos inerentes à Vida, essa dádiva amorosa maior que recebemos de um Poder Superior.

            Ficamos indignados com as agressões à Terra que nos garante e possibilita todo o processo evolutivo. São agressões desvairadas na busca, a qualquer preço, do progresso material, pelo orgulho e poder nacional, pelo aumento dos mercados e do capital... na velha corrida do ser humano por prestígio, dinheiro, poder. Ficamos indignados também com a agressão constante, ignorante, insensível, feita por pessoas comuns, anônimas, ainda não despertadas para a compaixão, contra as criaturas do mundo animal, também elas em evolução e nossos companheiros nesse caminhar. Ficamos indignados com as pessoas que não aprenderam a cuidar das águas que nos garantem a vida, nem do mundo vegetal, que nos alimenta e nos protege. E com as pessoas que ainda não se sensibilizam com as dores, com os destinos tão desiguais, com as dificuldades físicas, emocionais e espirituais, daqueles que, como nós, estão de passagem nessa grande aventura da Vida. A todo momento nos indignamos com as maldades, irresponsabilidades, “espertezas”, falsidades... de pessoas, públicas ou não!

            Mas ficar e permanecer indignado num mundo tão primário, “errado”, materialista, ignorante de sua origem sagrada, só nos desgasta, irrita, ressente, amargura... Essa indignação inútil, retórica, teórica, acaba por nos tornar arrogantes, militantes da nossa verdade. Tornamo-nos muito reativos, zangados e pouco criativos para Agir. Quando assim permanecemos, nos enganamos com nossos bons propósitos, nos perdemos na luta egóica de sermos melhores, mais verdadeiros, mais racionais – tornamo-nos radicais, a “palmatória do mundo”.

            A indignação precisa ser um momento de conscientização, um alerta, um toque, um chamado, para participarmos das mudanças necessárias. Ela deve servir como combustível para uma ação efetiva, criativa e amorosa, para fazer a minha parte. Essa participação ativa, com propósitos generosos, sem luta que desgasta e não convence, não nos deixará ficar presos à raiva, à frustração, à mágoa, a melindres... por não podermos modificar as pessoas, por não termos sido merecedores de um mundo melhor!

Não posso mudar o mundo, mas quando eu mudo, o mundo fica um pouco mudado!

            Não quero ficar preso a uma cruzada contra o Mal deste mundo. Acredito ser nossa missão, nossa vocação de filhos de um Poder Amoroso Maior, cuidar de nossa Luz e doá-la de forma criativa e generosa a esse mundo tão confuso e maltratado.

            “Rogo para fazer a minha parte na formação de um mundo melhor.”AA
            “Rogo para que eu seja parte da cura para os males do mundo.” AA


Comentários / Contato : mariatude@gmail.com

quinta-feira, 1 de março de 2012

AMAR SEM MISTURAR



             Como pode ? Aprendi a amar misturando: nossos corpos, nossos destinos, nossos desejos, nossas verdades, nossos sentimentos, nossas vidas... “Tudo que é seu, meu bem, é meu, é meu, é meu”, e vice versa!Aprendi que assim, unidos e misturados, seríamos pedaços de um só bloco, de uma só família, de uma só identidade, unidos pelo amor. Parecia-me possível, bonito, romântico e ideal.

            Hoje sei que não é assim que funciona, porque descobri que não somos pedaços de coisa alguma. Somos criaturas inteiras, únicas, com histórias, destinos e identidades próprias. Somos todos emanações particulares de um Poder Amoroso Maior. Temos, sim, Nele, uma origem Sagrada em comum, fazemos parte dessa grande obra divina, assim como também fazemos parte de nossas pequenas famílias humanas.

            Fazer parte é estar, participar, pertencer - com liberdade – é Amar sem Misturar. É guardar nossa capacidade e liberdade de SER e, ainda assim, poder ESTAR amorosamente com nossas pessoas mais queridas.
- Amar sem misturar é, antes de tudo, aprender a me conhecer para poder estabelecer, comunicar e honrar meus limites. É me respeitar para poder entender a importância do respeito no Amor.
- Amar sem misturar é respeitar o modo de ser dos que amamos; é amar sem invadir, sem impor idéias e comportamentos, sem cobrar sentimentos.
- Amar sem misturar é participar, ter disponibilidade para o outro; é estar junto, rindo ou chorando.
- Amar sem misturar é não tentar controlar ou dirigir o outro, “para seu próprio bem”; é não precisar mentir e manipular porque “sabe o que é melhor para ele”; é não se frustrar com as próprias expectativas e depois cobrar e cobrar e cobrar - magoado, ressentido.
- Amar sem misturar é “Aceitar o que não posso modificar” (o outro) e buscar “Coragem para modificar o que posso” (minhas crenças antigas e meu modo controlador de amar). Dessa forma, “amar não é sofrer”.  E quanta serenidade e alegria esse modo de amar pode trazer às nossas vidas!

            Mas, como é difícil! Afinal, aprendi tudo ao contrário! Contudo,
acredito que vale a pena ir tentando e exercitando porque vamos aprendendo o gosto do Amor sem luta, mais gostoso, mais suave, mais livre!

          Somos emanações únicas de um Amor Maior e Amar sem Misturar é respeitar nossa alteridade, que revela a criatividade desse Poder Superior.

Comentários / Contato : mariatude@gmail.com