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segunda-feira, 5 de março de 2012

INDIGNAÇÃO


            Não podemos perder a sensibilidade e com ela a capacidade de nos indignarmos com a Injustiça. Por injustiça podemos entender tudo que se opõe aos direitos básicos inerentes à Vida, essa dádiva amorosa maior que recebemos de um Poder Superior.

            Ficamos indignados com as agressões à Terra que nos garante e possibilita todo o processo evolutivo. São agressões desvairadas na busca, a qualquer preço, do progresso material, pelo orgulho e poder nacional, pelo aumento dos mercados e do capital... na velha corrida do ser humano por prestígio, dinheiro, poder. Ficamos indignados também com a agressão constante, ignorante, insensível, feita por pessoas comuns, anônimas, ainda não despertadas para a compaixão, contra as criaturas do mundo animal, também elas em evolução e nossos companheiros nesse caminhar. Ficamos indignados com as pessoas que não aprenderam a cuidar das águas que nos garantem a vida, nem do mundo vegetal, que nos alimenta e nos protege. E com as pessoas que ainda não se sensibilizam com as dores, com os destinos tão desiguais, com as dificuldades físicas, emocionais e espirituais, daqueles que, como nós, estão de passagem nessa grande aventura da Vida. A todo momento nos indignamos com as maldades, irresponsabilidades, “espertezas”, falsidades... de pessoas, públicas ou não!

            Mas ficar e permanecer indignado num mundo tão primário, “errado”, materialista, ignorante de sua origem sagrada, só nos desgasta, irrita, ressente, amargura... Essa indignação inútil, retórica, teórica, acaba por nos tornar arrogantes, militantes da nossa verdade. Tornamo-nos muito reativos, zangados e pouco criativos para Agir. Quando assim permanecemos, nos enganamos com nossos bons propósitos, nos perdemos na luta egóica de sermos melhores, mais verdadeiros, mais racionais – tornamo-nos radicais, a “palmatória do mundo”.

            A indignação precisa ser um momento de conscientização, um alerta, um toque, um chamado, para participarmos das mudanças necessárias. Ela deve servir como combustível para uma ação efetiva, criativa e amorosa, para fazer a minha parte. Essa participação ativa, com propósitos generosos, sem luta que desgasta e não convence, não nos deixará ficar presos à raiva, à frustração, à mágoa, a melindres... por não podermos modificar as pessoas, por não termos sido merecedores de um mundo melhor!

Não posso mudar o mundo, mas quando eu mudo, o mundo fica um pouco mudado!

            Não quero ficar preso a uma cruzada contra o Mal deste mundo. Acredito ser nossa missão, nossa vocação de filhos de um Poder Amoroso Maior, cuidar de nossa Luz e doá-la de forma criativa e generosa a esse mundo tão confuso e maltratado.

            “Rogo para fazer a minha parte na formação de um mundo melhor.”AA
            “Rogo para que eu seja parte da cura para os males do mundo.” AA


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