Estabelecemos nossas relações buscando nelas completude, alegria, felicidade... Tudo isto esperamos que os outros venham nos trazer! Achamos que nos desdobramos, ao nosso limite, para fazer a nossa parte. Mas parece que, apesar de tudo, muitas vezes não funciona... O Outro, qualquer Outro, não nos completa e ainda nos critica achando que não o completamos! E vivemos com medo que nos abandonem, nos deixando incompletos, feridos, magoados, humilhados... E a Alegria? Como existir em meio a esses sentimentos, a cobranças, a ameaças...? A Felicidade, esta se revela uma possibilidade cada vez mais distante – uma ilusão tola do passado! Não deu certo!
As crises na relação se aprofundam ao confronto com os desafios da vida, e todas as concessões e sacrifícios não reconhecidos, as frustrações, a raiva, as mágoas, as cobranças, as humilhações, o desespero nas últimas tentativas... nos obrigam a encarar um dilema sem possibilidade de solução. Perdemos o controle e a esperança de felicidade nessas relações. Já entendemos que serão necessárias mudanças para uma tentativa de resgate dessas relações tão significativas para nós, relações onde jogamos tantas expectativas, tantas energias, tanto amor. Mas, QUEM MUDA?
O mais “errado” ? (irresponsável, agressivo, frio, distante...) O que investe menos na relação? O que traiu? O que foge? O que não “discute a relação”?
Enquanto estivermos procurando a resposta nos Outros, nada mudará! Todos gritarão suas próprias queixas, todos se defenderão e contra atacarão! E continuaremos, todos, reféns desse círculo vicioso e nada, NADA mudará!
QUEM MUDA? Mudo eu, quando a dor, a confusão, o desespero, a desesperança, me fizerem humilde para, finalmente, entender que Só posso mudar a Mim, independente de qualquer disputa, qualquer história, quaisquer razões! Só posso mudar a mim...
- Mudar minha ilusão de que posso (e devo) controlar e mudar a quem amo e até a esse mundo errado...
- Mudar meu triste engano de pensar que coisas e pessoas me completarão, farão minha felicidade...
- Mudar meu desconhecimento de que sou um Ser Inteiro, completo, de possibilidades infinitas...
QUEM MUDA? Mudo eu, quando “Mantenho minha mente e coração abertos”, quando escolho a honestidade, a Verdade, para ser leal a mim e chegar aos outros... Mudo eu, quando revejo minha história com um novo olhar, quando fico atenta aos meus sentimentos com uma nova escuta... Mudo eu, quando aprendo a me respeitar, delimitando e honrando meus limites, quando aprendo a me gostar, a me cuidar... para poder, então, respeitar e amar melhor as pessoas da minha vida!
Mudo eu! Estou viva, mutante... Sou uma maravilhosa “metamorfose ambulante”!!!
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