É, talvez, a mais dolorosa experiência dentro da relação
humana. Quando nos sentimos rejeitados, sentimos que estão nos negando amor e
valorização, as maiores necessidades do ser humano.
Não importa quem nos rejeita ou
porque nos rejeita – é muito doloroso sempre! Não importa que tenhamos falhado,
que tenhamos “dado motivo” - dói sempre!
Não importa que nos rejeitem em assuntos puramente materiais, comerciais,
intelectuais, profissionais – dá muita raiva! E se a rejeição for afetiva – então
dói muito mais! Não importam os motivos, quaisquer motivos, que tenham levado pessoas
e, principalmente, nossos amores a nos rejeitar – dói demais! Parece-nos o
início de um processo de distanciamento, abandono, indiferença... Sentimos a
rejeição como negação – de presença, de carinho, de valorização, do direito de
Pertencer – à família ou a qualquer outro grupo (afetivo, religioso,
profissional, etc). Sentimos que não nos querem, que estamos sendo preteridos,
estamos sendo “deixados de fora”! E logo nos comparamos e nos perguntamos com
mágoa, humilhação, vergonha e despeito: “O que eles têm que eu não tenho?” E
com raiva e ressentimento: “Quem ele pensa que é?” Não importa que desculpas
nos dêem; parece doer ainda mais, porque estão nos rejeitando até mesmo a
verdade!
Além da dificuldade natural de
lidarmos com a rejeição, as pessoas muitas vezes revelam-se duras, impiedosas,
indiferentes à sensibilidade do Outro. Elas não conseguem ser gentis, mesmo
discordando; não lidam com as diferenças sem competir, sem derrotar, sem
afastar, sem rejeitar, sem discriminar uns aos outros por diferenças
religiosas, políticas, raciais ou interesses puramente materiais.
Como seres sociais, precisamos
ter Pertença, precisamos nos sentir dentro, pertencendo! Mas, em vez de
mendigar aceitação e pertencimento, preciso construir minha auto estima e minha
auto imagem, preciso desenvolver minha auto confiança, descobrir meu valor, ser
leal às minhas razões e aos meus sentimentos, para estar nas relações
livremente, de forma positiva (mas sem expectativas), sem sucumbir a quaisquer
rejeições, sem que me sinta diminuída.
Preciso,
também, estar atenta e sensível para não
descartar simplesmente as pessoas, sabendo o quanto a Rejeição tanto machuca.