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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

REJEIÇÃO



            É, talvez, a mais dolorosa experiência dentro da relação humana. Quando nos sentimos rejeitados, sentimos que estão nos negando amor e valorização, as maiores necessidades do ser humano.

Não importa quem nos rejeita ou porque nos rejeita – é muito doloroso sempre! Não importa que tenhamos falhado, que tenhamos “dado motivo” -  dói sempre! Não importa que nos rejeitem em assuntos puramente materiais, comerciais, intelectuais, profissionais – dá muita raiva! E se a rejeição for afetiva – então dói muito mais! Não importam os motivos, quaisquer motivos, que tenham levado pessoas e, principalmente, nossos amores a nos rejeitar – dói demais! Parece-nos o início de um processo de distanciamento, abandono, indiferença... Sentimos a rejeição como negação – de presença, de carinho, de valorização, do direito de Pertencer – à família ou a qualquer outro grupo (afetivo, religioso, profissional, etc). Sentimos que não nos querem, que estamos sendo preteridos, estamos sendo “deixados de fora”! E logo nos comparamos e nos perguntamos com mágoa, humilhação, vergonha e despeito: “O que eles têm que eu não tenho?” E com raiva e ressentimento: “Quem ele pensa que é?” Não importa que desculpas nos dêem; parece doer ainda mais, porque estão nos rejeitando até mesmo a verdade!

Além da dificuldade natural de lidarmos com a rejeição, as pessoas muitas vezes revelam-se duras, impiedosas, indiferentes à sensibilidade do Outro. Elas não conseguem ser gentis, mesmo discordando; não lidam com as diferenças sem competir, sem derrotar, sem afastar, sem rejeitar, sem discriminar uns aos outros por diferenças religiosas, políticas, raciais ou interesses puramente materiais.

Como seres sociais, precisamos ter Pertença, precisamos nos sentir dentro, pertencendo! Mas, em vez de mendigar aceitação e pertencimento, preciso construir minha auto estima e minha auto imagem, preciso desenvolver minha auto confiança, descobrir meu valor, ser leal às minhas razões e aos meus sentimentos, para estar nas relações livremente, de forma positiva (mas sem expectativas), sem sucumbir a quaisquer rejeições, sem que me sinta diminuída.

  Preciso, também, estar atenta e sensível para não descartar simplesmente as pessoas, sabendo o quanto a Rejeição tanto machuca.