Quando vivemos momentos ou dias atípicos, fora de nossas
rotinas, dias de muita emoção, de tristeza ou alegria, sentimos nossa dimensão
emocional (nosso corpo de emoções) sacudido, revolvido, caótico... Pode
ser por casamentos, nascimentos, despedidas, carnaval, enterros,
vitórias, derrotas... e Natal! Não importa o motivo, mas sim a intensidade das
emoções!
No Natal, tão mexidos ficamos que, no DIA SEGUINTE,
nos ressentimos em todos os níveis! É
uma ressaca física pelos excessos com que tentamos controlar, ou anestesiar, nossas emoções: comidas,
bebidas, correria de trocas de presentes... É uma confusão mental, pelos
pensamentos repetitivos e desarrumados que nos ocupam a mente, que nem nos
deixam relaxar e dormir...
Instala-se
uma agonia emocional, por estarmos presos
a esse redemoinho de pensamentos, que nos remetem a lembranças, algumas tão dolorosas de
saudades, do passado, de fases de nossas
vidas que já se foram... Pensamentos que
nos remetem a tantas ausências e até.a
desencontros.. O Natal foi o dia de
curtirmos nossos mais queridos afetos e de sentirmos a distância física e
amorosa de alguns desafetos...
As festas de família,
tão fortes em emoção, aceleram também nossos
medos, nos levam a saudades antecipadas daqueles que amamos e tão pouco
vemos! Crianças alegram e nos distraem mas também nos assustam, porque nos escapam,
a cada Natal estão maiores, mais
distantes da magia ...
No Dia Seguinte a tudo isso precisamos de um tempo para
elaborar o luto do Natal que passou, precisamos de um tempo para reorganizarmos nossos pensamentos, um tempo
para aquietarmos tantas emoções...