Festas natalinas, final de ano e início de outro... datas
emblemáticas que nos emocionam e chamam à reflexão. Elas costumam nos levar,
nostalgicamente, ao passado ou nos remeter, ansiosos, às possibilidades desconhecidas do futuro. E esses chamados do
passado e do futuro são tão poderosos, que nossos momentos passam sem que,
muitas vezes, possamos vivê-los intensamente no presente, no Agora!
Somos
chamados ao passado pela mídia em contínuas retrospectivas do ano que passou...
E fazemos as nossas próprias, de natais antigos, do ano que termina. Ficamos
relembrando entes queridos, no momento ausentes de nossos olhos, do nosso convívio.
Estão viajando, são viajantes... em outros lugares, em outras dimensões. Relembramos tristezas, mágoas, expectativas frustradas...
discussões, separações...
Lembramos também alegrias, mas já então esmaecidas pela
saudade do que se foi, nubladas pelo tempo, muitas vezes pelas lágrimas...
Ou nos
deixamos arremessar para o futuro, para o próximo Natal, para o próximo
Ano... Como será? Quantos de nós ainda
estaremos aqui? Conseguiremos mais ganhos? Teremos mais perdas? Quantas
predições, quantos “profetas”...
Se o passado nos aprisiona na tristeza, o futuro nos
assombra pelo medo do desconhecido! A incerteza que ele traz nos tira qualquer
fantasia de controle, de segurança!
Essas datas
acabam por trazer, escondidas, muita dores. Talvez por isso precisemos rir
muito, beber muito, comer muito, comprar muito... Fazemos, muito, muitas coisas, talvez para afugentar e disfarçar esses
fantasmas incômodos do passado e do futuro. Só não nos lembramos de viver essas
datas no presente, de curti-las verdadeiramente no Agora!
Não fomos
educados/condicionados para aproveitar o momento, sem lembranças ou projeções,
para viver o único tempo/lugar que realmente temos – o Agora. Nesse tempo não nos entristecemos ou
assombramos, porque estamos ocupados - vivendo o momento.
No Agora
não há distância nem tempo a nos separar, no Agora estamos juntos!
Podemos nos falar, pensar, ouvir, sentir, sorrir, aceitar, perdoar,
abençoar...
- no Agora,
exercitamos viver o real, o que É, o que se pode, o que somos...
- no Agora, estamos
protegidos da agonia do desconhecido, das expectativas, das incertezas do
futuro, que nos drenam a coragem e a energia, para simplesmente vivemos da
melhor maneira que pudermos.
- no Agora, o Natal
pode ser realmente uma celebração do Amor em nossas vidas e a “virada” do ano
pode ser simplesmente o anúncio de mais um momento de alegria, de confiança na
Vida, se assim escolhermos que seja.
A vida é
Agora... é uma sucessão de agoras! Cabe a mim estar atenta a eles, aos momentos
que me são oferecidos e cuidar de cada um deles com a firme intenção de
aproveitá-los ao máximo nessa caminhada em direção à minha liberdade interior, para
realmente poder usufruir a alegria de estar
com as pessoas que passam por minha vida. Sou frágil e sofrida quando me
deixo levar pelas distorções que criamos no tempo – o passado e o futuro. Mas é
aqui, no Agora, que está todo o meu poder. É aqui, no Agora que decido ser quem
sou e como vou lidar com meus desafios. É aqui, no Agora, que posso decidir ser
feliz. Esse é o Poder do Agora.